Segunda Flor;

234 25 25
                                    

Os passos de Castiel eram leves. Ele andava anciosamente em direção ao outro rapaz.

Ele chegou praticamente do lado do adolescente loiro, e pousou sua mão no ombro dele.

O menino se virou rapidamente, e pela primeira vez os dois ficaram cara a cara. Era Dean Winchester. Castiel reconheceu pela fama dele em todo colégio de melhor jogador do time de rugby.

– Eu... – O Winchester começou a falar. Castiel desceu seu olhar para a flor que ele segurava, e antes que o cérebro do outro rapaz formulasse uma frase, foi Castiel quem falou.

– Essa flor... era pra mim? – Perguntou sorrindo.

– Sim. – O menino abaixou a visão.

– Você é DW? – Perguntou mais uma vez.

– Sim. – Dean continuava com a cabeça abaixada. Castiel apenas sorriu.

– Obrigado. – Disse o moreno com um belo sorriso estampado do rosto. O outro o olhava confusamente.

– Pelo quê? – Questionou o de olhos verdes.

– Pelas cartas e pela flor. Eu guardei tudo. Até a flor. – Ele disse de forma suave.

– Mas você é alérgico. – O Winchester não compreendia.

– Sim, mas presentes não se rejeitam. – Explicou o menino. – E pelo visto você trouxe outra flor...

– Me desculpe. Eu sei que você é alérgico, mas quando eu vi essa flor eu tive que trazer. – Tentou se explicar.

– Por quê? – O mais baixo perguntou.

– Porque ela é azul. – Ele mostrou melhor a flor. – E ela me lembra seus olhos.

Novamente o loiro abaixou sua cabeça, tentando esconder a vergonha que tinha. Castiel esticou a mão e tomou delicadamente a flor pra si.

– Obrigado. – Disse gentil. – Eu vou guardar junto da outra, em cima de minha estante.

O Winchester olhou pra ele e sorriu timidamente.

Castiel não esperava que as cartas viessem de um garoto apaixonado.

Mas aparentemente o nosso coração é traiçoeiro, e não se apaixona por aparência, ele se apaixona pela pessoa.

– Você vai fazer alguma coisa mais tarde? – O Winchester perguntou.

– Não. – Castiel respondeu. Ele esperou que o outro continuasse, mas ele percebeu que a vergonha dele era maior. – Você quer ir em algum lugar?

– Sim... – Respondeu desviado o olhar do mais baixo.

– Ótimo. Na hora da saída você me encontra aqui. Eu vou esperar você. – O moreno respondeu sorridente. Ele já estava se preparando para ir pra sala quando foi parado.

– Castiel, espera. – O de olhos verdes disse. – Eu quero dizer que eu parei de enviar as cartas por medo. Eu tinha medo que você descobrisse que era eu e que você me odiasse por eu ser homem. Desculpa.

Não foi dito mais nenhuma palavra. O menino de cabelos escuros se aproximou, e abraçou o Winchester antes que ele pudesse dizer algo.

– Tudo bem. – Sussurrou o mais baixo. Logo ele se soltou. – Eu preciso ir.

– Até. – Ele deu um meio sorriso.

Castiel apenas acenou, e sorrindo foi em direção a sala.

Quem diria que as cartas e flores de um desconhecido iriam mudar tanto a vida do rapaz em dez dias.

- 𝘤𝘢𝘳𝘵𝘢𝘴 𝘦 𝘧𝘭𝘰𝘳𝘦𝘴! 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐞𝐥.Onde histórias criam vida. Descubra agora