Primeiro Encontro com a Família;

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– O que você acha de assistirmos um filme hoje. – Novamente Dean surge atrás de mim quase me matando do coração. Apoio a mão sobre o peito, sentindo meu batimento um tanto acelerado.

– Uma hora você fica sem mim. – Eu digo de forma exagerada. – Você parece querer me matar do coração a cada minuto.

– Desculpa, abelhinha. – Ele diz apertando minhas bochechas. Abelhinha. O novo apelido que ele me deu depois de descobrir que eu gostava muito de mel. – Mas você quer assistir um filme hoje?

– Cinema? – Pergunto. Ele logo faz uma careta desgostosa.

– Não. Só está passando filmes ruins. A gente podia assistir lá em casa. Meu pai não vai estar lá hoje, apenas meu irmão. – O loiro diz. Finjo pensar um pouco sobre o assunto antes de responder, ele me olha ansioso e apreensivo.

– Claro, Dean. – Respondo com um sorriso no rosto.

– Okay! Eu te mando mensagem com meu endereço então. – Ele diz de forma alegre. Eu adorava ver ele daquele jeito. – Eu preciso buscar o Sam hoje. O amigo dele que o acompanha ficou doente.

– Certo. Tchau, Dean. – Eu disse dando um abraço nele. Quando estava pra me afastar ele me roubou um selinho rápido. – Dean!

– Ninguém está olhando, Cassy. – Ele diz com um sorriso sapeca. Balanço negativamente a cabeça enquanto eu rio da atitude dele. Ele sorri pra mim e vai em direção ao outro prédio do complexo.

Lentamente caminho até minha casa, sentindo falta da companhia de Dean. Geralmente ele me acompanha até a porta e isso é maravilhoso, conversamos sobre diversos assuntos e eeu sempre ganho um abraço apertado no final, e algumas vezes até um beijo.

Os minutos se passam arrastadamente, mas finalmente ouço meu celular vibrar, indicando uma nova mensagem, que antes mesmo de abrir deduzi que fosse a mensagem que Dean havia se comprometido em me mandar para indicar o endereço de sua casa.

Como eu havia imaginado, era Dean e o endereço da casa. Sorri com a mensagem, perguntando logo em seguida a que horas eu podia chegar, e ele disse que qualquer hora depois das 20:00 estaria ótimo. Sorri e confirmei, dizendo que estaria o mais cedo possível para que ele não sentisse tanto minha falta. Sua última mensagem era ele rindo enquanto dizia que iria morrer de saudades minha.

As horas pareciam dias novamente, mas finalmente deu o horário. Segui apressadamente até o endereço, não sem antes avisar meu pai que iria encontrá-lo na casa dele. De começo houve uma pequena resistência de meu pai, mas Lúcifer, que estava em casa, insistiu para que eu fosse e que ele iria junto.

– Sorte sua que eu conheço o bairro do seu amigo, você ia levar horas para achar. – O loiro disse bagunçando meus cabelos.

– Você acha que Dean vai se incomodar com sua presença? – Perguntei encarando ele.

– Minha presença? Você acha mesmo que eu vou segurar vela para o casal? Nem nos sonhos, princesa. – Ele disse rindo leve. – Eu vou arrumar algum bar pra ficar, quando o filme acabar é só me chamar. Mas de garantia eu te mando o endereço do bar assim que chegar, okay?

– Certo... – Soltei o ar pesadamente. – Só não bebe muito, okay?

– Sim, maninho. Papai iria acabar desconfiando se eu bebesse. Não sou tão burro. – Ele me respondeu.

– Eu vou entrar então... Obrigado, Luci. – Eu disse dando um abraço nele.

– Esse apelido é tão cafona... – O loiro me respondeu revirando os olhos enquanto me soltava. – Agora entra de uma vez.

Dei um último sorriso pra ele enquanto ia em direção a porta da casa e via ele atravessando a rua e sumindo pelas calçadas. Bati na porta três vezes, reproduzindo um som de madeira. A porta foi aberta, mas para minha surpresa era um menino de cabelos grandes que veio me atender.

– Dean, seu namorado chegou. – Ele gritou, me fazendo corar um pouco.

– A gente não namora... – Eu disse com sorriso amigável, esperando que ele completasse a frase com o nome.

– Sam. – Ele disse sorrindo. – Vocês não namoram, mas meu irmão gosta muito de você. Pode entrar, Dean está fazendo a pipoca para nós.

Sorri e entrei, acompanhando Sam, que foi em direção ao sofá. Ele se deitou num menor, enquanto eu me sentei no canto de um maior.

– Eu queria escolher o filme, mas Dean me obrigou a deixar que você escolhesse. – Ele disse, o que me fez sorrir levemente.

– Podemos escolher um filme que nós dois gostamos, Sam. – Repondi o garoto que me olhou com brilho nos olhos.

– Podemos assistir A Hora do Rush? – Ele perguntou e eu sorri.

– Claro, eu amo esse filme. – Respondi ainda sorrindo. Eu realmente amava aquele filme, era fantástico!

Logo Dean apareceu da cozinha, ele segurava dois baldes de pipoca, um com achocolatado e um sem. O com achocolatado foi direto para as mãos de Sam, enquanto ele vinha em minha direção e sentava ao meu lado com a pipoca salgada.

– Oi, Cassie. – Ele disse me olhando.

– Boa noite, Dean. – Eu disse um pouco envergonhado. A presença de Sam no cômodo realmente acabava deixando o ar um pouco desconfortável.

– Dean, Castiel quer assistir A Hora do Rush também. – Sam disse, cortando toda a tensão existente.

– Ele quer ou você o obrigou? – O loiro encarou o irmão. Eu ri da cena logo me preparando para defender o mais novo.

– Eu quero, Dean. Amo filmes como esse. – Repondo a ele, que me encara e dá uma leve risada.

– Certo, então vamos assistir. – Ele disse abrindo o filme na televisão.

E realmente aquele filme era fantástico valia a pena assistir novamente.

Durante uma das cenas de ação, pude sentir o braço de Dean passar envolta do meu pescoço, nos aproximando um pouco mais. Era como aquelas cenas clichê de filmes e eu só consegui rir mentalmente, pensando em Dean como aqueles caras durões que são os badboys dos filmes. Voltei a me concentrar no filme.

No geral o filme foi calmo. As melhores partes eram os comentários impolgados do irmão de Dean. Ele era uma criança muito doce.

Mas tudo foi estragado com um abrir de porta. Dean virou a cabeça rapidamente, seguido de Sam e eu.

– Mas que merda que tá acontecendo aqui? – A voz grossa do homem disse me deixando em choque. Era aquele o pai de Dean?

- 𝘤𝘢𝘳𝘵𝘢𝘴 𝘦 𝘧𝘭𝘰𝘳𝘦𝘴! 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐞𝐥.Onde histórias criam vida. Descubra agora