Primeiro Passeio;

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Eles andaram calmamente até o parque que havia na cidade.

Tudo parecia tão calmo naquele dia. A brisa que batia nas árvores, os pássaros que cantavam, o cheiro de grama impregnado por aquele local. Tudo tão suave.

Castiel só conseguia olhar fixamente para o menino ao seu lado. Ele não havia parado até aquele momento pra perceber o quão bonito eram os olhos dele.

– Novak? Você está me ouvindo? – Perguntou o Winchester.

– Sim, eu só... me destraí olhando pra você. – Ele respondeu com um sorriso bobo, fazendo Dean corar levemente. – E pode me chamar de Cas.

– Está bom, Cas. – O menino respondeu sorrindo levemente.

Eles continuaram conversando e andando pelo parque.

De longe Castiel avistou um pequeno parque que havia ali, e não resistiu em arrastar o outro garoto até o lugar. Antes que qualquer questão fosse feita, Castiel pulou num dos balanços e começou a balançar de um lado para o outro.

– Me empurra, Dean? – Ele disse passando os pés no chão de areia para diminuir sua velocidade.

O Winchester sorriu, logo indo atrás do garoto de olhos azuis e começando a empurrar ele, cada vez mais alto.

Num ato falho de Castiel ao tentar pular do balanço que ainda estava em movimento, ele acabou por cair.

– Cas? – Dean questionou com um tom de preocupação enquanto se aproximava. – Você está bem?

– Estou. – O garoto disse e logo voltou a sorrir. – Obrigado, isso foi divertido.

O loiro suspirou aliviado e logo começou a rir junto de Castiel.

Os dois passaram o resto da tarde no parque, voltando apenas por insistência do moreno que precisava voltar para sua casa.

– Você tem certeza que está bem da queda? – Perguntou Dean ainda olhando pro moreno.

– Sim, eu tenho. – Castiel respondeu sorrindo. – Hoje foi muito bom. Espero ter mais dias assim ao seu lado.

Foi como um choque pra Dean, que ficou sem palavras. Vendo a cena o Novak de uma risada nasal, antes de continuar.

– Boa noite, Dean. – Ele disse segurando a mão do rapaz.

– Boa noite. – O menino respondeu sorrindo. As mãos vagarosamente se soltaram, e Castiel entrou na sua casa.

Apesar de toda a tristeza de ter que se despedir, ele estava feliz e ansioso. Feliz pelo dia, e ansioso pela chegada de seu irmão.

– Então você arrumou um namorado? – Ele ouviu uma voz familiar atrás de si. – E eu achando que ia desencalhar primeiro.

– Luci? – Castiel se virou rapidamente pra dar de cara com um loiro alto.

– Em carne e osso. – Respondeu sorrindo, logo sendo quase enforcado por um abraço do irmão.

Fazia muito tempo que eles não se viam.

O abraço durou alguns minutos, até Castiel resolver que era suficiente.

– Vamos ter que colocar todo esse papo em dia, Cas. – O Novak mais velho disso. – Pra ontem!

Castiel riu das palavras do irmão.

– Com certeza. Você nem vai acreditar. – O garoto de olhos azuis disse sorrindo. – Mas eu tive um longo dia, preciso descansar um pouco agora.

– Então, bom descanso, maninho. – O mais alto bagunçou o cabelo escuro do menino.

O garoto subiu as escadas em direção ao seu quarto e parou na frente da estante observando as flores.

Foi até sua escrivaninha, puxando uma das gavetas, onde estavam todas as cartas.

Ele queria descansar, mas naquele momento ele preferia ler as cartas e observar as flores que um dia não tiveram remetente.

- 𝘤𝘢𝘳𝘵𝘢𝘴 𝘦 𝘧𝘭𝘰𝘳𝘦𝘴! 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐞𝐥.Onde histórias criam vida. Descubra agora