5° capítulo

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                   Boa leitura 😊


Acordo com o meu celular tocando, noto que o dia está claro ainda. Olho para o lado e vejo meu livro, o que estava lendo antes de pegar no sono.

Vejo no relógio da parede que são exatamente 15:45 e, nossa, desde 13:00 que estou dormindo! Quando vou pegar no celular, ele para de tocar. Olho e tem algumas mensagens e duas ligações perdidas de Christopher. Logo meu celular vibra e começa a tocar.

— Alô? — atendo, esfregando os olhos e bocejando.

— Isso é hora de dormir? — fala Christ do outro lado da linha.

— Ah. — Espreguiço-me. — Acabei pegando no sono quando estava lendo o livro que você me deu. — Pego o livro e me direciono à minha pequena biblioteca.

Ganhei o livro como presente de aniversário de 13 anos. Foi o melhor presente para mim. Christopher sabia o quanto gostava desse escritor. Ele também lê, mas não tanto quanto eu. O hobby dele mesmo é o videogame.

— Muito bom, minha mãe disse que você esteve aqui mais cedo.

Guardo o livro em seguida.

— Sim, queria saber como você está. Não foi hoje para a escola...

— Estou bem, é que tive que resolver algumas coisas com meu pai.

— Entendo. Está fazendo o quê?

— Pipoca para acompanhar com chocolate quente e um bom filme.

Tudo o que eu queria mais cedo.

— Nossa, parece muito bom.

— Então vem para cá.

— E assistir seus filmes de terror? Ah não, nem pensar. Eu escolho.

— Quê? Não! Lá vem você com os seus romances — fala, rindo, e eu posso apostar que está revirando os olhos também. Bobo.

Pego uma roupa confortável e quentinha.

— Vou tomar banho. Já, já chego por aí com os filmes em mente.

Antes que ele proteste, desligo e sigo para o banheiro.

Antes que ele proteste, desligo e sigo para o banheiro

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—  Que raios é isso?

— É isso ou aquele dali, ambos são romances dramáticos.

— Prefiro o musical. — Isso é uma piada, ele detesta filme com música.

— Então qual vai ser, engraçadinho?

— O que eu nunca assisti — fala por fim.

— Cadê a pipoca e os chocolates quentes? — pergunto, olhando para todos os cantos da sala e da cozinha, sem achar nada. Nenhum sinal de pipoca ou chocolate quente.

Ele olha para a cozinha e para mim, depois de mim para a cozinha, e eu começo a entender tudo. “Pilantra!”

Pego uma almofada e jogo nele.

— Como você pôde? — Tento controlar o riso. — Você me enganou! Disse que já estava tudo feito. Ah, você me paga.

Ele começa a rir e eu jogo outra almofada nele.

— Besta, caiu direitinho. E eu lá gosto de fazer essas coisas? Só falei para atrair a sua atenção para cá.

— Você não faz ideia do que irei fazer com você, Christopher!

Vou para cima dele com a almofada e ele segura as minhas mãos para eu não conseguir o atingir.

Ele me dá uma rasteira e me põe deitada no carpete da sala. Ficamos bem próximos, muito na verdade. Até que parece que estamos em transe. Eu o olho e ele me olha. Ficamos nesse clima. Ele começa a se aproximar, ficando cada vez mais perto, encostando de leve seus lábios nos meus. Até que ouvimos um barulho na cozinha.

Ele sai de cima de mim em um pulo enquanto eu me levanto em estado de choque. “O que foi isso?” pergunto para mim mesma.

— Beethoven! — exclama Christopher, indo para a cozinha, ou melhor, correndo.

— Quem? — pergunto, confusa.

Vejo-o se agachando e pegando a vassoura do chão. O objeto que nos tirou do transe, mas o culpado está nos braços de Christopher: um lindo filhotinho de cachorro da raça Husky Siberiano, conhecida também como cão-lobo.

— Ai, que lindo! — falo, já apaixonada pelo cão de olhos azuis.

— Não é? É seu — diz de uma vez. — Foi ele que me fez faltar aula hoje, fui buscar ele com meu pai na casa da minha avó em outra cidade. Ela nos segurou e por isso demoramos.

— Obrigada, mesmo! — falo, pegando o pequeno cão. — Por que esse nome?

— Uma ideia para você, já que ama Beethoven, e para aproveitar que ele é macho.

Ele sabe o quanto amo animais e como fiquei triste quando a minha cachorrinha morreu em um aborto espontâneo.

— Eu amei, muito obrigada — falo, desconcertada. — Foi por isso que queria me atrair para cá?

— Então, né? — fala, dando o seu melhor sorriso.

Sabe quando você sente vontade de fazer algumas coisas que na verdade são novidade para você? Eu não sei explicar, é muito complexo. Mas olho para o meu amigo e, sei lá... Esquece!

— Vai fazer a pipoca e os chocolates quentes enquanto eu preparo a sala?

— Fechado.

Pego meu mascote e o levo para a cozinha. Ele começa a brincar enquanto preparo tudo.

Levo a pipoca para a sala e, em seguida, os chocolates quentes. Christopher parece estar pensando em algo distante, coloco um copo com chocolate quente na mesinha de centro e passo a mão na frente do rosto dele.

— Ah, oi. Estava voando — dispara, pegando o chocolate quente e a pipoca de cima da mesinha.

— Percebe-se — falo sorrindo e sento ao lado dele.

O filme começa e prestamos atenção. Até que a parte tagarela de Christopher dá o ar da graça. Penso que vai fazer algum comentário sobre o início do filme, mas não é bem isso.

— Lice, desculpa pelo...

Coloco o dedo nos seus lábios, impedindo-o de falar mais alguma coisa.

— Tudo bem, esquece — falo, sorrindo amigavelmente, mas a verdade é que eu estou tentando me acalmar ainda, não estou 100%. O que aconteceu ou ia acontecer não sai da minha mente. O mais estranho é que eu quero aquilo.



                  Obrigada ♥️

Armadilhas Do Destino (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora