Capítulo 4

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Maju narrando 🌸

Taty: Sumiu com o boy e me deixou aqui sozinha, né piranha ? - falou rindo.

Comecei a contar pra ela o que aconteceu enquanto caminhava em direção a barraquinha que vende bebidas.

Taty: Mana, me seca que eu tô toda molhada. - falou se abanando.

Voltamos pro meio da multidão pra dançar. Tinha um bonde que não parava de encarar eu, Taty e a Duda. Até aí tudo bem, só que as monas inventaram de passar e esbarrar na gente.

Maju: Eu bem que podia te dar uma surra sua piranha, mas odeio ficar com cheiro de peixe nas mãos! - me de despedi da Duda.

Taty: Bora Maju, esse baile já deu, tô morta de cansada. - saiu me puxando pra fora do baile.

Descemos o morro com o salto na mão e pegamos um táxi.

Taty: Mana, esqueci de te contar, enquanto você estava fora o pai da Duda bateu na mãe dela por causa de ciúmes na frente de todo mundo. - falou indignada.

Maju: Não creio, que ridículo, infelizmente é a realidade de muitas.

Taty: Verdade, e eu que sai do camarote na hora da briga, fui inventar de buscar mais bebidas tropecei no pé de alguém e dei de cara no chão. - riu dela mesma.

   Fiquei rindo das coisas que ela me contou que aconteceu no baile até descermos do táxi, me despedi dela e fui em direção a minha casa.

   Cheguei de fininho pra não acordar a minha mãe, entrei diretamente no meu quarto e me joguei na cama.

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Nanda narrando 🌺

   Tudo começou quando eu tinha 16 anos, aquela velha e clichê história se repetiu só que quem convidou a amiga para ir ao baile foi eu.

• Flashback on •

Nanda: Vamos para o baile Celle, por favor. - implorei juntando as mãos e fazendo biquinho.

Celle: Para de fazer esse bico está ridículo, essa tática não funciona comigo, nem vem. -revirou os olhos.

Nanda: Hoje é sábado dia de curtir. - continuo tentando convencê-la, sou brasileira e não desisto fácil.

Celle: Você não vai desistir, né ? - perguntou irritada, e depois ficou com uma expressão que estava prestes a se render.

Fiz gesto de negação com a cabeça.

Celle: Ok, eu vou, mas não vamos demorar.- se jogou na cama e bufou.

Dei pulinhos de felicidade pelo quarto, mal sabia o que estava por vir. E foi nesse baile que eu conheci o Thiago e a Celle conheceu o Carlos Eduardo.

• Flashback off •

  A culpa me consome praticamente todos os dias e o arrependimento também, durante todos esses anos eu escondi a minha gravidez do pai da Maju, eu não tive muita escolha, eu era nova e não tinha ideia de como cuidar de uma criança, o medo de tudo dar errado foi maior, de ter um futuro incerto sobre até quando ele iria continuar sendo um homem bom pra mim.

   Não conhecia tão bem esse mundo do tráfico e os traficantes tinham uma péssima reputação de serem galinhas e por aí vai, foram muitas coisas na minha cabeça ao mesmo tempo e ainda tinha a minha mãe que estava sem falar comigo por causa do meu envolvimento com um traficante. Eu sempre fui muito apegada à ela, esse desprezo estava acabando comigo, sempre foi só eu e ela para tudo.

   Então decidi sumir do morro juntamente com a Celle e voltamos a morar com as nossas mães, nos mudamos para outra cidade, voltei a estudar e minha mãe ajudou muito cuidando da Maju, tive alguns casinhos, mas nada sério, não consegui sentir nada por ninguém, pois ainda amo e não esqueci o pai da Maju, me formei na faculdade e abri uma empresa de advocacia. O negócio deu certo e estou abrindo uma filial, infelizmente tive que voltar agora e o medo do pai da Maju acabar nos encontrando é grande, e se caso isso acontecer eu vou ter que lidar com as consequências.

   Quando a Maju me contou que tinha um carro perseguindo elas, já me deu um aperto no peito, não era possível que depois desse tempo todo ele resolveu aparecer. No fundo eu sabia que era ele, não tinha outra opção.

   Depois dessa notícia me tranquei no meu quarto e começou aquela onda de pensamentos e preocupações com o que poderá acontecer, a Maju não vai me perdoar nem tão cedo depois de saber que eu omiti esse tempo todo tudo relacionado ao pai dela.

   Decido ligar para a Marcelle, mas conhecida como Celle, ela é a minha melhor amiga e mãe da Taty (que também é filha do melhor amigo do pai da Maju), necessito desabafar e de conselhos.

LIGAÇÃO ON:

Celle: Fala nega, tá tudo bem? - Perguntou com entusiasmo.

Nanda: Amiga eu preciso de você, tem como você vir aqui hoje? - um nó já começou a se formar na minha garganta.

Celle: Claro que tem, vou só terminar de ajeitar as coisas aqui e vou, beijo.

Nanda: Tá bom, muito obrigada.

LIGAÇÃO OFF.

   Estou me sentindo uma adolescente frágil e inútil, não sei como resolver essa situação toda que eu mesma criei.

   Depois de um tempo ainda me martirizando escuto a campainha tocar e já vou correndo atender sabendo de quem se tratava. Assim que eu abro a porta já ganho um abraço de urso que eu tanto precisava, nos soltamos e ela me puxa para perto do sofá.

Celle: Já pode começar a desembuchar. - se joga no sofá e eu seco algumas lágrimas que eu nem percebi que tinha deixado derramar e sento no sofá ao seu lado.

Nanda: Olha eu nem sei por onde começar. - deito a minha cabeça em seu colo e ela começa a afagar os meu cabelos em um cafuné. 

Celle: Que tal pelo começo? - reviro os olhos e começo a contar com todos os detalhes.

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Com esse cɑpítulo pequeno mesmo, e com muitɑ felicidɑde que eu trɑgo ɑ notíciɑ de retorno com essɑ fic, desculpɑ por ter ficɑdo tɑnto tempo com ɑ fic pɑrɑdɑ, mɑs ɑgorɑ voltei e vocês que lutem me ɑturɑndo. 😚✌🏻

𝙑𝙤𝙩𝙚𝙢 𝙚 𝙘𝙤𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚𝙢 : ⭐/ 🗨️

SEXO NO VIDIGAL IOnde histórias criam vida. Descubra agora