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Josh Beauchamp 

Estavámos em uma pequena batalha para decidirmos em que brinquedo iríamos primeiro. Já tínhamos visitado uma grande parte do Píer como o Beach, Third Street Promenade, o Aquarium e agora estamos no Pacific Park.

Noah e Any discutiam sobre qual recheio de churros é melhor. O americano insiste em sabor de nutella e a brasileira em doce de leite. Era uma cena engraçada. A Any apontava o seu churros na direção dele enquanto discutia e o Noah estava com a mão na cintura fazendo cara de nojo.

Eles faziam caretas um pro outro. Duas crianças. Quando do nada eles param de discutir e se entreolham, começando a rir segundo depois. Ambos se abraçam rindo e quando olho pra Sina ela ria da dupla bipolaridade dos amigos.

 — Sininho, você entendeu? — pergunto baixo em seu ouvido.

Ela me encara fazendo um "não" com a cabeça e rir. Apenas faço o mesmo.

 — Crianças se decidam logo onde iremos. — disse a alemã.

Creio eu a mais sensata de nós.

— Podemos nos separar por dupla. Aí nos encontramos na montanha-russa. — respondeu a garota de lindos cachos.

 — Eu vou com a Sina. — se pronuncia o Urrea, puxando a loira platinada pra si.

 — Noah... — murmurrei sério.

 — Eu não vou te trair, meu amor. — ele mandou um beijo e saiu com a alemã.

 — Então vamos? — pergunto a Any.

Assinto encarando a morena que estava com um sorriso no rosto e a ponta da língua presa entre os dentes, é impossível não sorri com seu jeito fofo, minha vontade é de morder suas perfeitas maçãs do rosto. Ela estende seu braço mas eu desço minha mão agarrando a sua, e andando pelo parque com nossas mãos entrelaçadas. Eu não me importava em andar com ela assim como ela pareceu não ligar pra isso também.

Não são apenas namorados que andam assim. Eu gosto de ter o mínimo contato com ela. Fomos ao carrossel, depois ao tiro ao alvo, cada um tinha dois dados; ou seja duas chances. Eu fui o primeiro, acertei um nos trinta pontos e outro no zero.

Depois foi a vez da Any. A mira dela é muito boa. Ela acertou o primeiro dado em 50 pontos e o outro em 20 mas caiu. Ela ficou feliz. Eu nem fiquei chateado em perder já que pelo menos ganhei um sorriso maravilhoso.

 — Vamos ao Just Dance? — questiono enquanto caminhávamos.

 — Ah não, você é a própria máquina de dança não tem graça brincar disso contigo. — resmunga fazendo um biquinho engraçado.

 — Por favor, você escolhe a música. — argumento fazendo uma carinha fofa que a faz gargalhar.

 — Ai Joshua vamos logo. — ela diz brava me puxando pela mão e eu ri.

Chegamos no Just Dance e a Any foi logo escolhendo a música. Nos posicionamos e a música começa assim como os bonequinhos do jogo. Era uma música com batida latina. Eu não estava com dificuldade de acompanhar o ritmo, mas perco todo o meu foco quando olho a morena dançando.

Ela estava graciosamente dançando perfeitamente. Eu nem me importava mais com o jogo. A sua concentração, suas covinhas expostas graças aos risos que escapava de seus lábios, seus cachos se movimentando junto com seu corpo enquanto alguns fios caíam em seu rosto, tudo se encaixava perfeitamente a deixando sexy e ainda mais linda.

Teve uma parte em que a boneca dela do jogo faz um movimento mais sexy, e a mesma repete o movimento me levando ao Céu e ao inferno só com aquela rebolada até o chão. Ela estava me deixando hipnotizado.

O jogo se encerra para o meu bem e azar ao mesmo tempo. Obviamente ela ganhou né.

 — Uau. — eu exclamo ainda atônito.

 — Não valeu. Você me deixou ganhar. — ela resmunga tirando os fios de cabelos do rosto que pregava por conta do suor, seu peito subia e descia devido ao seu cansaço.

Se isso for uma amostra do que é o inferno, olha eu peço o satã em casamento só pra morar aqui pra sempre.

Ok, se controla Joshua.

 — Só se for ganhar meu coração. — sussurrei baixinho e ela me encarou confusa.

 — O que disse? — questiona.

 — Uh, disse que você dança perfeitamente bem. — respondo rápido, parcialmente não era uma mentira pois ela realmente dança bem demais.

Ela cora com a minha fala e olha pro lado, para provavelmente morder o lábio já que ela faz isso quando está envergonhada.

 — Vamos na roda-gigante? — ela muda de assunto, tímida. E eu assinto rindo fraco.

Pegamos uma curta fila e compramos os ingressos pro brinquedo. Entramos em uma cabine aleatória e o moço vem e fecha a porta. Parecia um cubículo, uma caixinha com luzes coloridas. Nos sentamos, e ela se ajeita meio que deitando em meu peito. Tava tudo bem até o brinquedo parar com a gente lá em cima e era uma altura bastante alta. A Any se assusta, e se senta de modo formal, porém continua plena. Aproveitamos para observar o Pôr-do-Sol que estava acontecendo.

 — Isso é tão lindo. — murmurra a morena, encantada com a vista.

 — Sim, mas eu conheço algo mais bonito. — respondo-a.

 — Isso não é hora pro seu ego não, Beauchamp. — ela diz rindo.

 — Não era de mim a quem eu me referia.

Ela então abaixa sua cabeça envergonhada, mas segundos depois levanta e me encara sorrindo e eu retribuo na hora. Nossos rostos estão demasiamente próximos. Eu posso sentir o ar quente da sua respiração contra o meu rosto. Eu desço meu olhar para os seus lábios, percebo ela fazer o mesmo comigo. Molho os lábios quando vejo ela morder seu lábio inferior. Olho pra cima e ela fecha os olhos.

— Foda-se o momento. — murmurro.

Em um ato rápido e ágil puxo sua cabeça pra perto selando nossos lábios. Enfim iniciando o beijo. Um beijo doce, lento e delirante. Enrolo minha mão em seus cabelos e minha mão percorre pela linha tênue da sua espinha, a puxando pra perto.

Deslizo a ponta da minha língua em sua boca pedindo passagem, e ela cede abrindo mais a boca. Ela brincava com os fios do meu cabelo, enquanto sua outra mão que estava pousada em minha coxa sobe pelo meu peitoral e descansa seu braço ao redor do meu pescoço. Ela arranha levemente minha nuca me fazendo arfar e apertar um pouco sua cintura. O ar se faz presente e nos separamos a contragosto.

Colo nossas testas, com a respiração ofegante.

 — Tudo bem? — resolvo checar, quero passar o máximo de segurança pra ela.

— Perfeitamente. — ela diz, e eu a olho, sorrimos ao mesmo tempo.

Voltamos a nos beijar, é incrível como essa garota tem um beijo viciante. Eu poderia passar toda a minha vida beijando os seus lábios macios. Sua mão acariciava minha bochecha suavemente. Ponho minha mão entre seu pescoço e maxilar onde acariciei com o polegar. Não tínhamos pressa, era nosso momento. E aproveitamos da melhor forma possível.

Dou uma pequena sugada em seu lábio inferior e ela arfa. Encerramos o beijo com milhares selinhos seguidos. A roda-gigante volta a rodar e ela se aconchega nos meus braços, e eu sorrio. Abraçando seu corpo. Fogos de artifícios explodiam dentro de mim e eu não conseguia parar de sorrir.

Porra Any Gabrielly o que você está fazendo comigo?

ECLIPSE ❝beauany❞Onde histórias criam vida. Descubra agora