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Esse é o nosso antepenúltimo capítulo antes do final, anjos... :(

Any Gabrielly

Caminho em direção ao estúdio e percebo que estou adiantada, e fico feliz por isso afinal o atraso de anteontem foi o suficiente para um mês inteiro. Nos meus ouvidos eu escuto uma playlist brasileira, e percebo que o destino está tirando sarro da minha cara quando a música Eu vou morrer sozinho do Jão começa a tocar. Rindo comigo mesma, eu começo a cantar junto com o cantor da mesma, não me importando se estou parecendo uma doida cantando uma música em português e de fone.

 — Ai meu Deus. Eu vou morrer sozinho. Se eu continuar nesse caminho... — canto o refrão e assim que chego no Hall do estúdio, olho para o canto e vejo Noah e Sina em um clima romântico, solto um risinho e passo por eles, mas antes de adentrar a sala eu vejo a Diarra e o Lamar juntos no sofá se beijando, assim como a Joalin e o Bailey que também estão, só que do outro lado.

Definitivamente o universo está conspirando contra mim agora. Esse é um sinal do meu destino então? Eu vou morrer sozinha? Valeu, mundo.

Entro na sala igual um furacão amaldiçoando meu cupido idiota que não fez nem a porra de um curso de arco e flecha direito e me fez ficar apaixonada sozinha. Ele deve está rindo de mim agora por eu estar fazendo papel de trouxa.

 — Epa, alguém está bem disposta hoje. — escuto a voz da Sabina atrás de mim, quando eu jogo minha mochila com força no chão.

Disposta à matar alguém isso sim.

Forço um sorriso, e me estico para terminar de aquecer meu corpo para quando começar o ensaio. E no mesmo instante eu olho para a porta onde parecia que um casal se aproximava de tão próximo que eles estavam.

Focalizo meu olhar e só aí reconheço o "casal", e então o Josh e Taylor entram juntos. Eles estão rindo completamente alheios à qualquer outra coisa ao redor. E novamente parecia que eles estavam em uma bolha particular.
 
 — Acho que meu cupido não fez proed porque ele deve estar bem louco nas drogas porque nem a porra de uma flecha esse filho da puta mira direito.

 — Ein? — questiona a mexicana, e só aí percebo que falei em português.

 — Nada não, estava apenas refletindo sobre uma música brasileira que eu estou ouvindo.

O que não é uma mentira completa.

Ela acredita e continua mexendo em sua bolsa, tirando de lá o pózinho colorido que ela sempre coloca em sua água.

Menos de dois minutos depois a sala fica cheia e sou praticamente engolida por vozes e barulhos, realmente tem muita gente ali dentro, porque além de mim, dos meus amigos, da Taylor, o professor Kyle também tem uma boa parte da equipe do mesmo que ele encarregou propriamente para nos auxiliar.

Repetimos a mesma sequência que fizemos ontem pelo menos umas 4 vezes, até porque embora seja fácil as chances de erros não são nulas, e contando também com o fato de sermos em 15 pessoas a chance de alguém errar qualquer movimento é bastante alta, o que nos leva à ter que repetir tudo novamente.

Felizmente ninguém fica chateado quando isso acontece, porque caso contrário ficaria um clima horrível e desconfortável para todos. Pelo contrário, nós rimos e zoamos a pessoa e repetimos com mais energia. Eu amo isso entre a gente, apoiamos uns aos outros independentemente.

ECLIPSE ❝beauany❞Onde histórias criam vida. Descubra agora