Any Gabrielly
Olho as horas no meu celular e vejo que tenho bastante tempo até o horário do colégio, até porque eu acordei bem mais cedo do que o normal. Começo a me arrumar tranquilamente. Primeiro tomo um banho frio, porque o tempo está bastante frio e eu não quero tomar um choque térmico, e é bom porque daí eu já me acostumo mais ou menos com a baixa temperatura lá fora.
Penteeio meu cabelo, e depois seco com o secador, porque caso contrário ele não vai secar nunca com o frio e é capaz de eu pegar uma pneumonia. Aproveito e faço um pequeno penteado, que ficou muito bom. Visto uma camiseta branca básica, visto o moletom que faz parte do uniforme por cima, e uma calça jeans (não usarei a saia do uniforme, porque com esse tempo não dá né), e calço meu tênis da nike.
Pego minha mochila, meu celular e fone de ouvido e desço pra tomar meu café da manhã. Onde minha mãe e Belinha já estavam devidamente prontas.
— Se arrumou mais cedo. Que milagre, filha.
— Eu dormi bem cedo ontem. Deu mais tempo pra descansar. — respondo dando um beijo em sua testa, de bom dia.
Minha mãe começa a me servir o meu cereal preferido, colocando leite em seguida.
[...]
Eu sentia minhas mãos congelando, era incrível como aqui mesmo que estivesse um frio do caramba, eles não desligavam o ar condicionado, eu já estava virando um picolé. Agradeço aos Céus, e todos os Anjos quando o intervalo pra troca de aulas acontece. Pego minha mochila já com tudo guardado e saio dali o mais rápido possível. Minhas pernas tremiam e meus dedos das mãos já estavam roxos, pus as mesmas dentro dos bolsos do meu moletom, sentindo um alívio instantâneo quando sinto o calor familiar que o pano quentinho me oferece.
Abro a porta do meu armário guardando o livro da matéria anterior e pego o que usarei na próxima aula. Organizo umas apostilas da aula de canto, empilhando por ordem alfabética. Quando escuto alguém berrar atrás de mim.
— Olá garota brasileira.
— Meu Deus, Urrea. Que susto.
Me viro pro mesmo que tinha uma expressão divertida no olhar. Filho da mãe -, desculpa tia Wendy -.
— Desculpa. Vim perguntar se você viu o tapado do Bailey por aí. —ele diz coçando a cabeça, nervoso.
— Não, eu não vi. Mas por que está tão nervoso? — pergunto, cruzando meus braços.
— Ele pegou uma apostila minha emprestada na semana passada, e eu vou precisar dela pra aula de canto. — o mesmo se encostou no armário ao lado do meu, olhando para o teto.
— Ah, bom, eu tenho algumas aqui. — pego as apostilas que tinha acabado de empilhar, estendendo pra ele. — Seu gosto é melhor do que o meu, mas acho que pelo menos algumas delas vai te interessar.
O brilho nos seus olhos foi instantâneo, e o seu sorriso foi de orelha à orelha. Parecia uma criança quando ganha seu brinquedo favorito.
E é esse espírito do Noah que eu admiro demais.
O mesmo segura e começa a analisar todas, à procura da que ele se interesse. Em alguns instantes o olhar dele se suaviza e ele a segura com a mão, enquanto me entrega as outras, que eu guardo novamente.
— Essa aqui é perfeita. Obrigada Any. — o mesmo me dá um beijo rápido na testa.
E eu ri, assentindo fraco.
Meus lábios começam a tremer novamente e eu mordo o inferior, a fim de tentar pará-los. O Noah percebe e manda um olhar preocupado.
— Any, você está bem? —indagou, colocando gentilmente sua mão no meu ombro.
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ECLIPSE ❝beauany❞
Fiksi Penggemar❝Onde Any Gabrielly se mudou para Los Angeles por causa do emprego da sua mãe. O que foi bem difícil no início, já que a mesma era demasiamente apegada aos seus antigos amigos e seu país. Embora não estivesse nos seus planos algo a prender naquele l...