Mari e Rogue estão sentados em torno de uma mesa no Buona Tavola. A noite está agradável, e o ambiente do restaurante não lhe pareceu acolhedor, Rogue amava comida italiana, mas não tinha o costume de frequentar lugares sofisticados como aquele, te deixava nervoso, parecia que nesses lugares todos te olhavam, e os olhares aparentavam incrimina-lo, não demonstravam se familiarizar com sua índole, diferente dos restaurantes do seu bairro. À parte, Mari sabia a ocasião daquele jantar, sua preocupação era não demonstrar, porém independente de qualquer coisa ela se sentia incrível, Manhuaçu era seu lar, e ela podia sentir isso pelo ar fresco da noite.
Ela pôs o cotovelo sobre a mesa e suas pulseiras escorreu lhe pelo braço, ela percebeu que Rogue a fitava nos olhos e desviou o olhar pro canto do restaurante.
Ela é tão delicada, sei lá, eu odeio toda essa gente rica desse lugar, eu jogo bola descalço, eu roubo supermercados, eu estou com 2 buchas de cannabis no bolso, eu... Aaah, é tipo Rogue o vagabundo e ela a dama...
Mas está tudo bem, é preciso 20 gramas para ser pego por tráfico, e não odeio exatamente toda a gente rica desse lugar, aquele cara ali parece ser gente boa, a mulher do canto com vestido vermelho parece legal também, mas aquele velho da mesa do meio não tira os olhos de mim, a única coisa que falta é ele gritar em alto e bom som que sou um 'pobretão negro que não deveria estar aqui.' Inútel!-Como foi seu dia? Perguntou Rogue sorrindo.
-Foi ótimo.
Rogue pôs a mão sobre a mesa, não era a sua praia toda essa formalidade, ele era ansioso e sabia que se ficasse inquieto isso ficaria visível. Mari era mais encantadora pessoalmente, e ele não sabia ignorar isso. Ela usava um cropped manga longa preto e calça de cintura alta.
-O que fazia naquele estádio, tão longe de Manhuaçu?
-Tenho um tio que é apaixonado por futebol e ele me levou a esse jogo, não que eu goste de futebol, entende? Só me senti entediada e decidi fazer algo diferente.
-Entendo, gosto de Manhuaçu tem um clima turístico, parecido com Blumenau.
Nunca fui para Blumenau. Mas meu pai me disse uma vez sobre o clima e o ambiente de lá
-Uhum, tem mesmo. O que significa esse simbolo? -Perguntou ela apontando para as mãos dele.
-O quê? Esse anel? Isso simboliza a mente vazia, comprei em um evento em São Paulo, me faz lembrar da importância de estar sempre sereno, é como o zen, em chinês e também me trás sorte!
-Nossa, que interessante, adorei.
Rogue abriu um sorriso:
-Serio?
Foi quando o celular de Mari vibrou, ela desviou a atenção por um segundo, mas voltou a focar em Rogue novamente.
Os olhos de Mari eram fascinantes, havia amor, beleza e uma capacidade que poderia mudar o mundo por trás deles, ele não esqueceria aquele azul tão rápido. Quando Rogue olhava para eles via as profundezas do oceano dentro deles. Todo o paraíso que houvesse no fundo do mar, se via nos olhos dela, via-se as águas cristalinas da Coréia e toda a vegetação do pacífico, qualquer um podia ter belos olhos, mas ninguém podia impactar como ela e Rogue sabia disso.
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Céu Estrelado Em Capiva
Roman d'amourQuando o assaltante Rogue conhece Mari em um estádio de futebol, tudo pode mudar. De repente, nada mais importa. Mari quer Rogue. E Rogue quer muito mais. Essa é uma história fictícia. Quaisquer semelhanças com nomes, pessoas, factos ou situações da...