A casa de Rogue

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Estar no centro de clareza, paz e serenidade era o ápice de tudo para Rogue, com Mari ali do seu lado no banco traseiro do táxi não havia nada a acrescentar

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Estar no centro de clareza, paz e serenidade era o ápice de tudo para Rogue, com Mari ali do seu lado no banco traseiro do táxi não havia nada a acrescentar. As paisagens pela janela do carro tinham mais beleza, e o vento parecia mais lúdico, trazia consigo uma espécie de energia que Rogue não pôde deixar de sentir.

Ele se vira, e vê que ela observa as paisagens do outro lado do veículo, tinha um sorriso no rosto, e o vento que trazia aquelas energias bagunçava seu cabelo. Ela mantinha as mãos sobre o colo, usava aquela pulseira que deu pra ela em Manhuaçu, sentiu orgulho disso.

Ele pegou sua mão, passou o polegar sobre a pulseira, ela o olhou e sorriu, ele sentiu ela fechar a mão sobre a sua.

-Você está gostando de São paulo?

-Estou sim, muito bonito, tem muita coisa legal -Respondeu ela sorrindo com os cabelos no rosto.

-Você vai amar aqui, tem diversidade, variedades, inúmeras culturas e muitas opções, tem sua cara. -Disse Rogue entusiasmado.

-Ja estou amando!

Rogue se virou para janela, seu peito estava em chamas, nunca sentira aquilo antes, "que coisa louca" Pensou, "será que eu estou apaixonado?".

A casa de Rogue ficava num bairro distante da cidade, porém espaçoso e com grandes quintais, à distancia via-se muitas torres de transmissão, e as laterais da rua eram repletas de árvores.

-Está vendo aquele pinheiro? Plantei quando tinha 16 anos

-Nossa! Sério? -Perguntou ela colocando a cabeça pela janela do veículo.

-Sério, as outras árvores foram minha mãe e irmãos quem plantaram.

-Isso é muito legal Rogue, são lindas, ficou linda a rua...

O táxi parou, ambos desceram. A frente da casa de Rogue tinham dois arbustos tomados de flores amarelas e brancas, não dava para andar pelas calçadas, eram repletas de arvores e pequenos arbustos, era um lar, um lugar pra amar, viver e nunca mais querer se mudar. Rogue ainda se lembra como o bairro Vila Aparecida era a oito anos atrás, vazio, poucos habitantes, com o decorrer dos anos foi ficando popular, e os espaços vazios foram preenchidos com casas e árvores. Do outro lado da rua havia um campo de pastagens, dali via-se as colinas próximas e os vales ao longe que se perdiam numa vegetação sem fim.

Ao adentrar o portão de entrada foram recebidos por um receptivo, animado e brincalhão cachorro:

-Esse é o Bob -Apresentou Rogue

-Ai que lindo! Amo cachorros. Como você ta bonitão? Ai que fofo, que lindo você, gostou de mim? Ai, muito fofo Rogue

Mari acariciava o Bob, afagava seus pelos e o enchia de beijos.

-Você gostou dela Bob? Esperto você né? Seu malandro, seu malandrinho -Brincou Rogue segurando pela cabeça e balançando suas orelhas.

O quintal da casa tinha muitas outras árvores, uma mangueira, algumas bananeiras, um abacateiro, uma lichieira, uma jabuticabeira, uma aceroleira, uma laranjeira e um limoeiro.

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