Uma batida na porta surpreende Mari, num sobressalto ela vai até a porta e abre, era Rogue, ele surge na sua frente com aquele sorriso perfeito. Claro que Mari sempre soube que ele é gostoso. Mas ver ele de roupa casual...
Rogue usava uma calça jeans, calçava um tênis com meia sapatilha branco, camiseta listrada com seus belos braços á mostra e um óculos escuros barato.
-Oi Mari! uau, como vc está linda
-Eu? Obrigada. -Responde ela sem jeito.
Ele se aproxima dela, olhando dentro dos seus olhos e tira um buquê de flores das costas.
-Pra você. -Disse ele
Essa proximidade dele, causou um frenesi. Nunca mari se sentiu tão quente, apenas com um olhar. Ela nunca ganhara flores, parecia um sonho tudo aquilo, mas o cheiro das flores era real, a presença dele era real.
-Rogue!! São lindas.
-Como você -Disse ele -Podemos ir?
Ela colocou o buquê sobre a mesa:
-Claro, pra onde vamos?
-Conhecer a cidade, tomar um sorvete, que tal?
-Será ótimo, vou adorar.
Rogue esperou que Mari fosse na frente:
-Como foi sua viagem?
-Foi boa, foi tranquila -Disse ela sorrindo.
Realmente tinha essa coisa peculiar sobre ela. Seus cabelos de cor quase imperceptível eram médio longos e pareciam macios e bem cuidados. Ela estava usando um vestido florido e ela parecia o verão inteiro nele, ela era o sol e ele queria desesperadamente se queimar em seus raios.
-Como foi seu dia? -Perguntou Mari
-Ah, foi muito bom e o seu?
-Melhor impossível -Respondeu ela -O que você fez de bom hoje?
-Ora, de manhã fui a um jogo de futebol com os amigos, depois escrevi alguns textos pra faculdade e em seguida fui busca-la no aeroporto
-Que legal... -Ela se virou para ele enquanto entravam no elevador -Você parece gostar bastante de futebol né?
-Muito -Gargalhou ele -É um dos meus hobbys favoritos, como é ler e escrever.
Observou suas curvas conforme ela dava seus passos pra fora do elevador. O vestido floral se ajustava perfeitamente em seu corpo.
Precisava tê-la em seus braços de novo, de preferência com menos roupas e na sua cama. Era estranho como ele se sentia atraído por aquela garota, era diferente de tudo que ele já havia experimentado,
"Imagino como será quando eu ter seus lábios contra os meus"
A sorveteria era um lugar extremamente receptível, agradável e todo envidraçado, tinha uma vista para a rua movimentada da capital paulista. Rogue e Mari estavam sentados a mesa, ele degustara metade de seu sorvete. Estava sentado de frente com ela, olhando pra rua Rogue viu um conhecido passar pela rua:
"Não olhe pra cá, não olhe pra cá" Pensou Rogue fazendo gestos negativos com os olhos.
O conhecido olhou, abriu um sorriso malicioso, apontou para dentro e entrou pela porta de vidro:
"Merda, merda, merda, merda"
-Rogue, cara, firmeza total?
Mari olhou pro conhecido depois para Rogue um tanto confusa.
-Tô bem cara -Disse Rogue evitando as gírias -Mari esse é um velho conhecido meu, Paulo.
-Paulo zica -Corrigiu o conhecido
-Não, só Paulo, ele está brincando
-Oi... -Cumprimentou Mari confusa
-Então paulo, nos falamos depois beleza?
Paulo não sabia a importância de Mari para ele, precisava despacha-lo antes que ele falasse demais e acabasse estragando tudo.
-Certo mano, pode crer -Respondeu saindo pela porta de vidro
Paulo estava com Rogue em todos os roubos, era o responsável pelas armas, veículos, roupas e acessórios, não havia um momento em que eles não discutiam de forma ríspida, Rogue discordava completamente de seus métodos, não aprovava de forma alguma, Paulo se tornara um rapaz descontrolado e frio após a morte de seus pais num desabamento na zona sul de São Paulo, certa vez assassinara dois frentista no Ipiranga por recusarem dar-lhe o dinheiro, já estivera preso três vezes, apesar de ter apenas 23 anos.
Rogue e Mari saíram da sorveteria e andaram pelo parque de Ibirapuera, depois se sentaram num banco de frente a uma vista magistral, em que se via o lago do parque e a metrópoles ao fundo. Ele nunca viera àquele parque para aprecia-lo, nunca teve familiaridade com aquele lugar onde pessoas da classe alta iam e voltavam em suas rotineiras caminhadas, quando viam ele vindo em suas direções atravessavam a rua ou tomavam outro caminho, ele já se acostumara com isso, no começo isso partia seu coração, mas agora não se importava, sendo um criminoso ou um universitário cidadão de bem, não faria diferença. Ele carregaria aquela pele e aqueles cabelos crespos para onde quer que fosse.
-Rogue no que está pensando?
Rogue apoiou o cotovelo sobre o encosto do banco e encarou Mari de frente, podia sentir seu perfume agora, sentiu um calor aquecer lhe, o calor se intensificava e fez seu rosto corar. Mari paralisou-se frente a ele, parecia não querer sair daquela posição, parecia querer se aproximar mais, então vagarosamente sua boca encontrou a de Rogue e ambos se beijaram. O mundo a volta deles desapareceu, pela voracidade dos beijos pareciam estar sedentos um pelo outro e nada mais importava, pareciam se pertencerem, seu desejo era de morar naquele momento, quantas vezes ele não desejara aquela boca? As mãos de Rogue tocou seu pescoço e suas pernas se aproximaram das dela. Nada poderia ser melhor que aquele gostinho de baunilha do sorvete que acabaram de tomar, era como derramarem-se um no outro, a respiração era ávida porém como um balsamo por todas as gentilezas desgastantes e os cortejos e agora finalmente a intimidade.
Ambos se afastaram do beijo, ficaram os rostos colados olhando um para o outro.
-Isso foi bom -Disse ele rindo
Ela o olhou, com sua boca semi-aberta implorando, chamando Rogue, como um imã, para que voltasse a beija-la. Então suas bocas se encontraram novamente, as mãos de Rogue tocou seus ombros, Mari segurou seu braço direito tatuado e o aproximou de si. Rogue estava detido, com as mãos algemadas, condenado a prisão perpetua dos lábios dela.
-Gostaria de conhecer onde moro?
-Claro, eu adoraria. -respondeu ela.
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Céu Estrelado Em Capiva
RomanceQuando o assaltante Rogue conhece Mari em um estádio de futebol, tudo pode mudar. De repente, nada mais importa. Mari quer Rogue. E Rogue quer muito mais. Essa é uma história fictícia. Quaisquer semelhanças com nomes, pessoas, factos ou situações da...