Ordem Das Sombras

Kunai

   - Está segurando errado. - Zed corrigiu a postura do menino loiro rechonchudo e ajustou a forma que ele segurava o Kunai. - Pronto.
   - Obrigado, pai!
   - Garoto! Eu não sou seu pai, sou seu mestre! - Repreendeu o ninja. O menino parecia desapontado.
   - Ah... Certo. Desculpe, mestre. - Jogou a faca de arremesso com pouca força, fazendo-a cair ao chão num estrondo metálico.

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   - Eu sinto falta deles...
   - O quê?
   - Dos meus pais.
   O garoto loiro tinha uma expressão triste. Zed não respondeu, continuou a instruir a turma de crianças. Estavam na aula para aprender a usar armas e não choramingar.
   - E se minha família estiver la fora? Se não estiverem mortos? - O garoto insistiu após um tempo.
   - Seus irmãos das sombras são sua família agora. - A voz ríspida de outro garoto interrompeu a do loiro. Zed se virou para encarar o dono da voz: um menino magro, baixo, de cabelos negros medianos, com mechas caindo pelos olhos cor de mel. Sua face branca possuía olheiras fundas e uma expressão de frieza que escondia um passado doloroso.

   Era a primeira vez que Zed via Kayn segurando o Kunai. Não era a mais perfeita forma de segurar a arma, mas, diferente dos outros garotos, o pequeno a portava com segurança e ferocidade. 

   A primeira tentativa não foi a das melhores (nem chegou perto de acertar o alvo), mas já superava a dos seus colegas de treinamento. O pequeno Kayn não se intimidava por seus erros, pelo contrário, parecia que eles o impulsionavam. Após um tempo de Kunais lançadas, finalmente Kayn conseguiu acertar o alvo com a lâmina da faca a qual permaneceu presa à madeira. As outras crianças o observavam com espanto e admiração e, não admitiria, mas Zed também o fazia.

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   O garoto dos olhos dourados não era bom somente com facas, também dominou fácil arcos, bestas, espadas, lanças, shurikens... Além de ser ágil, rápido e determinado. Curiosamente Kayn mostrou cedo uma preferência por foices, Zed não compreendia o que o pequeno via de interessante no instrumento; seu peso limitava o movimento, só poderia ser usada corpo a corpo... Mas nada disso parecia interferir na leveza e voracidade da criança, cujas habilidades diariamente aumentavam de forma exponencial.

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Olá abiguinhos! Nem sei se em gente ainda lendo, mas saiba que vc é maravilhoso!

Esse capítulo foi curtinho. Ainda irei postar nesse cap mesmo um desenho que estou fazendo do Kayn criança. Curtiram o Kunai? Eu que fiz! Chega de roubar arte alheia hehe. Lembrando que se gostaram votem e comentem que me incentiva a continuar a história.

Capítulos escritos em itálico estão fora da cronologia principal da história, representam o passado.

Com carinho, Cl0udyDay.