ônibus

oitavo | final

grande dia! 

depois que certo presidente se elegeu, era até um pouco difícil para jeon jungkook dizer tais palavras, mas sim, hoje era um grande dia. finalmente sairia com yoongi, ainda que fosse só o casamento de um cara que ambos não tinham muita afinidade. mandou uma mensagem logo cedo:

jk: iai, meu iluminado.

jk: como tão as coisas? tudo pronto pra hoje?

yoon: mas ainda faltam muitas horas até o casamento, jeon, calma.

yoon: mas separei minha roupa ontem, se quer saber. então acho que tudo pronto sim! você vai passar aqui pra irmos juntos ou....?

jk: eu não sei, vamos fazer do jeito que você preferir! 

yoon: passa aqui então. se não for te incomodar, é que acho que moro mais perto do lugar (?) aí poupa tempo até lá.

jk: certo, meu consagrado. vou passar aí umas 18:00. tá bom pra ti?

yoon: perfeito. te vejo mais tarde <3

jk: <3

ele tinha mandado coraçãozinho... jungoo suspirou e olhou pro sol, que mal tinha nascido. se sentiu culpado por contactar com o mais velho tão cedo, poxa, sábado, dia de dormir até tarde, e ele acaba tendo que receber a mensagem de um moleque desesperado plenas seis da manhã. se min não era um anjo, então alguém leve-o pra nasa e estudem que tipo de ser celestial ele é. 

entre dormir por mais tempo ou não dormir, resolveu dar uma faxina em sua casa, que não estava das mais limpas. jeongguk como um bom acumulador, já tinha todo tipo de quinquilharia pela casa,  mas tinha um apego emocional a cada uma delas, não entendia o motivo pelo qual sua mãe mandava-o jogar fora. colocou sua playlist alternativa pra tocar enquanto limpava tudo, é assim que um emo de verdade faz. the kooks, sua banda favorita, era o que mais se ouvia, mas também tinha blink 182 e my chemical romance. as vezes se perdia no tempo, pensando na época em que era fã de restart e usava calça colorida, e quando não era isso, indagava sobre qual tipo de música tocaria na festa do casamento, e ainda, o que será que yoongi ouvia nos dias de arrumar casa? 

mais dançava que limpava, porém quem se importava? esse era o lado bom de morar sozinho, o lado ruim, é que se você pegasse uma doença, morreria sozinho e sem ninguém para ajudá-lo. mas não quis se importar muito com isso, preferiu continuar limpando tudo e garantindo sua saúde, enquanto dava um show cantando 5sos na sala.

 — youngblood, say you want me, say you want me, out of your life — balançava seus cabelos bem hidratados como um verdadeiro cantor punk, ou como a joelma, depende do ponto de vista. — and i'm just a dead man walking tonight but you need it, yeah, you need it all of the time — e fez o ''yeah, ooh ooh'' com tanto sentimento, parecia até um cantor de verdade.

enquanto remexia o quadril pela cozinha, pensou em como poderia fazer algo diferente quando fosse encontrar o consagrado. talvez mudasse algo no cabelo, como a cor, ou talvez levasse um presente. flores? chocolate? era tudo clichê demais. um cachorrinho? só acontece em filme. uma tartaruguinha? o mais velho morava em apartamento, talvez não pudesse criar. um álbum de música? parecia bom, mas e se desse algo que o outro não gostasse? talvez uma camisa do homem-aranha, mas mal tinha noção do quanto o outro vestia. optou por fazer uma pulseirinha trançada, que o próprio jeon cheio de habilidades fez. ainda bem que a avó tinha ensinado-o a fazer esse tipo de artesanato, nunca foi tão feliz por ser original.