AVENIDA ATLÂNTICA

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AVENIDA ATLÂNTICA

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AVENIDA ATLÂNTICA





Eduardo Lancastre nunca fora tão bem tratado assim, se sentia como um rei sendo muito bem provido por seus serviçais na corte real.

- O senhor prefere um café... água... Se quiser podemos pedir a um de nossos estagiários pra buscar um refrigerante! Se o senhor desejar podemos almoçar no restaurante aqui em frente, a comida dali é uma delícia,depois nós prosseguimos com os detalhes para abrir sua conta corrente e poupança em nosso banco! - o gerente do banco, de rosto arredondado e bochechas avermelhadas, tentava agradar Eduardo da melhor forma possível.

- Se tiver uma água eu agradeço.

- Somente água senhor?

- Sim, apenas a água já é o suficiente.

O gerente do banco,trajando um terno impecável cor de chumbo, acenou para uma jovem estagiária morena, magra e alta, que saiu imediatamente fechando aporta de escritório particular do gerente geral para buscar a água para o novo e promissor cliente.

- Senhor Eduardo,gostaria de transferir quanto dinheiro pra sua conta corrente? Já estamos disponibilizando cartões de crédito internacional para o senhor também. O senhor já pensou em fazer alguns investimentos?Temos ótimos corretores em nosso banco!

- Primeiro eu quero que vocês me liberem um milhão de reais em dinheiro agora; depois vocês transferem mais um milhão para minha conta corrente, e o restante pode deixar na poupança mesmo!

O gerente Caio já estava acostumado a mexer com muito dinheiro, mas o valor que seu cliente, sentado à sua frente, continha uma quantia exorbitante.

- Mas o senhor vai andar com esse dinheiro todo na rua? Sabe que nossa cidade é muito perigosa, o senhor pode ser assaltado! - comentou Caio um pouco apreensível.

- Eu já pensei em tudo amigo, eu quero que vocês coloquem esse dinheiro em sacos de lixo, daqueles preto, ninguém vai querer roubar alguém que anda comum saco de lixo nas costas, ainda mais eu, todo desarrumado com essa roupa velha. O gerente esticou o pescoço sobre a mesa para conferir melhor a vestimenta de seu cliente.

Eduardo tinha pensado em tudo mesmo, estava de chinelos já bem gastos, inclusive um dos chinelos estava com um prego preso na ponta debaixo da alça que fazia um barulho de metal batendo no chão quando ele caminhava.Também usava uma bermuda de tactel toda surrada onde os desenhos das pranchas de surf já estavam desbotados como pranchas fantasmas num mar sem cor. A camisa preta com o desenho de um tigre agora exibia uma tonalidade cinza.

- O senhor é quem sabe senhor Eduardo, só peço que tenha um pouco de paciência pois,para conseguir esse montante de dinheiro, precisamos pedir a liberação do nosso banco sede. Tem certeza que não quer almoçar pra depois terminarmos de efetuar seu saque? Eu creio que vá demorar mais de uma hora pra liberarmos esse dinheiro! - exclamou o gerente.

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