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Z A Y N

Abri a porta da minha casa e vi um dia lindo, passarinhos cantando e voando, até uma criança correndo com seu cachorro e seu pai rindo e se divertindo. Realmente, o dia estava lindo, mas eu não estava com saco para isso. Não estava mesmo.

Sai, tranquei a casa e fui direto para a casa de Eureka. Precisava tomar um café da manhã e com certeza ela não me negaria um pedacinho de pão. Além do mais, eu precisava ter uma conversa séria com ela sobre sua filha. Já tinha se passado dois dias desde o ocorrido e nem de casa eu tinha saído, apenas atendido a porta para Finley entrar. E por falar em Finley, ela viria me buscar para irmos até a casa de seu pai, hoje. Estava ansioso para conhecê-lo, afinal, eu já tinha lido alguns de seus livros. O cara era um gênio.

— Eureka, vim tomar café. Espero que tenha um mísera fatia de pão para este pobre... — parei de falar quando me deparei com Serena sentada no sofá, usando óculos escuros às... dessa vez, parei de pensar e chequei as horas no relógio. Sete e vinte e oito. — Serena? Ficou maluca? Nem tem sol aqui dentro. Por que está de óculos escuros?

Sua reação quando entrei foi se assustar e agora ela parecia incomodada demais com a minha presença ali. Ela começou a se mexer, extremamente inquieta e não mantendo contato visual. Caminhei até ela e Serena virou o rosto, me empurrando assim que aproximei-me dela.

— Serena? Que isso? Até parece que nunca encostou em mim — fiz uma careta. Agora quem estava incomodado era eu. — Para com isso.

— Zayn, sai daqui — disse baixinho. — Bom dia pra você, mas agora sai de perto.

O quê?

— Tira esse óculos e fala isso de novo na minha cara — continuei chegando mais perto dela até me sentar do seu lado e jogar meu corpo para cima dela.

— Sai!

— Não!

Sem esperar por Serena, puxei o óculos do seu rosto e meu queixo caiu no chão.

— S... meu Deus... que merda é essa?

— Me devolve o óculos! — ela rosnou, puxando o óculos da minha mão. — E fala baixo, pelo amor de Deus! A Eureka vai ouvir, Zayn!

— Não, eu não vou falar baixo. Eu vou quebrar seu namorado na porrada, Serena. É isso o que eu vou fazer — fiquei de pé e andei de um lado para o outro. — Foi por isso que eu passei na sua casa aquele dia e vocês estavam numa gritaria dos infernos, não é? Diz que é, Serena. Ele te bateu, porra!

— Mas, que gritaria é essa? — nesse mesmo instante Eureka surgiu do corredor, vindo até nós. Ela tinha duas xícaras em mão, uma ela ofereceu para Serena e a outra ela tomou um gole. — Filho, quer um chá? Fiz de camomila, o que você gosta.

Bufei.

— Eu vim tomar café — cocei a nuca. — Mas agora nem sei se quero mais.

Serena ergueu seu olhar para mim, denunciando seu desespero para que eu não dissesse nada.

— Que isso, meu filho. Vou pegar um cházinho pra você. Vem comigo.

Ela sorriu para mim, igual à minha mãe fazia quando eu era criança. Neguei com a cabeça e fui ao seu encontro, porém antes de acompanhá-la, virei a cabeça para Serena e sussurrei:

Painter | Zayn Malik (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora