Capítulo 18. Isso se chama respeito.

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Author's POV.

Após seu encontro com Verbena, Natasha caminhava calmamente pela floresta.

Apesar das dúvidas imensas que pairavam em sua mente, seu coração possuía certezas e acalmava-se com a presença de Verbena.

Estava ali para protegê-la.

Ao se aproximar mais do riacho, percebeu a presença de um vulto loiro, tentando se esgueirar pela mata, indo ao chão por não ter prática nisso.

Natasha quis rir, sabia exatamente de quem se tratava.

- Onde está indo? - Nat perguntou, prendendo o riso.

- Você me assustou! - Carol virou rapidamente, colocando a mão no coração. - Está me seguindo? - colocou-se em posição de defesa. - Veio me matar?

- Não, só estava passeando, e não, eu não vim matá-la. Aparentemente a sua única inimiga aqui é a grama. - Natasha disse, não se contendo e rindo ao final da frase. - O que você está fazendo?

- Estou tentando voltar para casa, não está vendo? Não vou ficar no meio de hereges. - Carolina falou com desdém.

- Ah, os "hereges". - Natasha falou revirando os olhos. - E como você pretende voltar? Nadando?

- Vocês não têm um barco? - Carolina mostrou-se interessada.

- Ter até temos, mas por que emprestaríamos algo nosso para alguém que claramente não nos respeita e gosta de nós? - Natasha falou, erguendo a sobrancelha.

- Porque assim se livrariam de mim. - Carol respondeu com sinceridade.

- Você acha que queremos nos livrar de você? - Nat falou incrédula. - Por que iríamos querer nos livrar de você? Não temos nada contra você, e nem se tivéssemos.

- Mas eu sou diferente de vocês, não devem gostar disso. - disse Carolina.

- Carolina, você precisa crescer. Quando alguém é diferente de nós, não nos livramos dela, aprendemos a conviver com as diferenças. Isso se chama respeito. - Natasha disse se aproximando.

- Calma. - Carol falou, estendendo a mão para que Natasha não se aproximasse.

- Por que você não nos dá uma chance? - Natasha falou, seu olhar fixo nos olhos de Carol.

- Quer uma chance de ser aprovada? - Carol respondeu com desdém.

- Eu não preciso da sua aprovação, Carolina. Nenhum de nós precisa. Agora, você realmente prefere ficar fugindo de nós por motivos que alguém inventou ou da sua própria cabeça, sem nos dar a chance de mostrar quem somos? Você não tem mente própria? - Natasha a desafiou.

- Eu tenho sim mente própria, e penso que isso é errado! O que vocês são e fazem é errado! - Carol esbravejou.

- Você pensa por que pensa, ou por que alguém lhe ensinou a pensar? - Natasha falou calmamente, e percebeu Carol empalidecer. - Foi o que eu pensei. Veja o mundo com seus próprios olhos, Carolina. Hoje é meu aniversário, meu e de meus irmãos, teremos uma comemoração na tenda principal, ao anoitecer. Veja, conheça-nos com seus próprios olhos. - Natasha falou, virando-se e indo em direção a sua tenda, deixando uma Carolina pensativa para trás.

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