Capítulo 56. Destino.

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Músicas do capítulo:

1. Always - Gavin James
2. Way Down We Go (Stripped) - KALEO

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Author's POV.

Vossa Excelência Reverendíssima, o bispo de Westminster, caminhava apressadamente pelos corredores do palácio, desnorteado com as notícias que  recebera do padre confessor de Carolina. A priori, havia pensado em consultar Vossa Majestade, a Rainha Mary, em como deveria proceder com relação a denúncia que recebera.

Porém, levando em consideração a amizade de longa data que a Rainha mantinha com a acusada, achou melhor levar isso a um homem de sua confiança, Lord Peter Quill, um bom católico, fiel ao Santo Padre, e acima de tudo, noivo de Carolina. Ele saberia lidar com a situação. 

Chegando ao escritório do Conde de Pembroke, pai de Quill, o bispo entrou de supetão, chamando atenção de todos na recinto, e principalmente de Lord Quill.

- Vossa Excelência, está tudo bem? - o rapaz perguntou desconfiado.

- Na verdade não, meu senhor. Há algum lugar mais discreto onde possamos falar? - o bispo pediu, embranquecido.

O jovem guiou o homem para dentro do escritório privado de seu pai, que não estava presente. A presença dos guardas nas portas garantiria que teriam uma conversa tranquila, sem interrupções.

- Aqui podemos falar com mais privacidade. Diga-me, meu senhor,  o lhe aflige? - Quill estava interessado.

- É sobre sua noiva, Lord Quill. - o bispo agora tinha total atenção do homem. - Esta manhã Lady Carolina esteve na abadia para se confessar, como todas às vezes que voltara de viagem. Imaginava-se que ela estaria ainda mais temente à Deus após a tragédia que ocorreu, mas não. A moça confessou ao padre que estava apaixonada por uma mulher que não seguia os desígnios do Santo Padre ou de nossa Sagrada Igreja. E como se isso não fosse pecado o suficiente, Lady Carolina disse que renegaria a Igreja para estar com essa pecadora. Disse que prefere morrer em pecado do que se separar dessa herege. Após tais palavras, o seu confessor veio diretamente a mim, afirmando ter sentido a influência do demônio na moça, já que ela sempre foi tão devota e fiel à Deus, e jamais diria tais palavras em sã consciência. Acreditamos que ela tenha sido enfeitiçada.

Peter Quill ouviu atentamente as palavras do Bispo, e delas concluiu duas coisas: primeiro que Carolina não estava enfeitiçada coisas nenhuma, mas definitivamente estava apaixonada, e segunda e mais importante, era que isso poderia servir de trunfo junto à Rainha e ao Papa para apressar ou até mesmo forçar os laços matrimoniais com Carolina.

O homem tinha consciência de que se pudesse escolher, Carolina jamais se casaria com ele. Não só porque ele não fazia o seu tipo (Quill sabia que Carolina gostava de mulheres), mas também por ser um homem asqueroso, grosso, violento e extremamente ambiciosos, que se escondida por trás de uma face de bom moço que só conseguia convencer a Rainha e os membros da Igreja.

Refletiu por mais alguns momentos e chegou a conclusão de que se Carolina havia se sentido tão confiante para confessar seus sentimentos para um padre, era porque já havia falado com Mary, e a mesma não havia tomado nenhuma atitude além de passar a mão na cabeça de Carolina, como sempre fazia.

As amigas eram sempre condescendentes com as atitudes uma da outra, pelo menos aos olhos de Quill.

- O confessor recomendou que fizéssemos um exorcismo, para que livrarmos Lady Carolina dessa influência maligna.- o padre disse com pesar.

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