Eliott era como um quadro. Dos mais belos que você não consegue tirar os olhos, pois está viciado nele e em toda sua beleza.
Lucas adorava cada sensação que ele o fazia sentir, das mais puras até o ponto alto da luxúria.E Lallemant o amava por isso.
— Você é lindo. — Após a conversa da biblioteca, não tardaram em arrumar uma forma de fugir e irem para a casa de Demaury, afinal, seus pais ficariam fora pelo resto do dia. Ele poderia fazer o que quisesse, e bem, você sabe o que ele fez.
Lucas observava tudo que seu amado fazia. Da forma que ele caminhava pelo quarto exibindo seu corpo desnudo enquanto soprava lentamente a fumaça do cigarro que tinha entre os lábios.
— Vem cá. — Se enrolou em um lençol e foi até Eliott, que estava encostado em um móvel. — Você não vai me deixar agora, certo?
— Eu não iria conseguir sem nem se quisesse. — Riu indicando que estava preso pelos braços do mais velho, que o soltou em seguida.
— Está com fome? Posso fazer algo para nós dois. — Falou sorrindo e tentando se afastar do menor que por algum motivo o abraçou do nada. — Lucas? — Sentiu seu pescoço ficar molhado e passou os braços em volta do rapaz.
— Eu não quero ficar sozinho. — Falava entre lágrimas, o que fez Eliott soltar uma risada.
— Mas eu vou estar no cômodo do lado querido. — Passou a mão nas costas do outro em forma de carinho tentando o acalmar.
— Não digo agora, mas sim o resto dos dias. Na semana que vem, você entende. — Lucas podia ter todo seu discurso de "a vida é agora e eu preciso viver o momento" mas não conseguia esconder seus medos reais.
— Eu não vou te deixar Lucas! Não existe nada nesse mundo que eu queira mais do que estar aqui contigo. Olha pra mim. — Segurou o rosto do mais novo e limpou suas lágrimas. — Desde que eu te conheci, você é a única coisa que importa.
[...]
Após ficarem na cama durante a tarde toda, eles sentiram fome e sabiam que em algum momento teriam que levantar para comer. Então Eliott resolveu fazer algo na cozinha.
— O que que é isso? — Lucas perguntou olhando para um prato com algumas bolinhas que aparentavam ser doces. Encarou aquilo de forma estranha, fazendo Eliott rir ao ver sua reação pois lembrava que a dele tinha sido a mesma.
— É brigadeiro amor. Parece estranho mas é gostoso, experimenta. — Falou o entregando uma daquelas bolinhas. — Lucille que me ensinou.
— Lucille é? — Colocou de uma vez aquilo na boca para evitar falar mais alguma coisa. Sua expressão mudava a cada vez que ele mastigava e engolia um pouco do doce, que como Eliott havia dito: era estranho, mas gostoso. — Ela sabe que você está comigo?
Eliott o olhou tentando não rir e ficou alguns segundos o encarando e imaginando o que passava pela cabeça do mais novo.
É o que dizem, tudo que você faz um dia volta para você.— Beatrice já deve ter contado. — Deu de ombros como se não se importasse com o assunto.
— E isso não te preocupa? —
— Não. — Sorriu se aproximando de Lucas, que evitada a todo custo encarar o outro. — Porque era falso.— O menor olhou para cima sem acreditar no que estava ouvindo e viu Eliott rir, enquanto ele queria socar seu rosto perfeito.
Passaram toda a tarde fazendo coisas típicas de casais adolescentes apaixonados. Lucas ficava observando cantar e dançar animado as músicas que tocavam na rádio, ele não desejava estar em qualquer outro lugar ou com outras pessoas, afinal, ele finalmente havia encontrado alguém que o fez ver como vale a pena lutar por amor, alguém que mesmo sendo 80% o oposto de si, o fazia se sentir inteiramente feliz. Como ele merecia.
Ele não acreditava muito em coisas de almas gêmeas ou lendas. Mas sempre que estava na companhia de Eliott, era como se o rapaz completasse o pedaço que faltava em sua vida. Caminhava as cegas em um lugar escuro, com alguém que jurava ser o amor de sua vida e o faria feliz para sempre. Mas então ele chegou com seu sorriso encantador iluminando seu caminho e sua vida, dando a Lucas, um novo motivo pelo qual viver.
— É tão bom te ver sorrindo de novo. — Eliott não podia e nem conseguia descrever em palavras quão feliz estava naquele momento. Ele tinha tudo que precisava ali em sua frente, sentado em seu sofá com um sorriso nos lábios.
Ele, que sempre evitou gostar de alguém, nunca se imaginou tão apaixonado por alguém como estava por Lucas. O garoto o fazia sorrir com uma simples mensagem, um olhar, ou apenas por estar perto si. Sentia-se completo, em paz, sabia que ao lado de Lallemant ele podia mostrar seu verdadeiro eu pois não teria problemas.
Cada um trazia a tona a melhor parte do outro. Não importa o que acontecesse, juntos eles estariam no próprio paraíso.
— Já está ficando tarde. — Lucas disse olhando em seu celular e notando que a noite já havia chegado. Ele havia saído da escola antes do horário, passado o dia fora e não avisou sua mãe.
— Dorme aqui. — Eliott disse abraçando o menor e o enchendo de beijinhos pelo corpo, descendo até o pescoço e subindo de novo.
— Minha mãe deve estar preocupada, apesar de não demonstrado isso. — Riu se referindo a mulher não ligado ou mandando alguma mensagem querendo saber se o filho estava ou não vivo.
—Liga para ela então. — Ouviram barulho de chaves na porta da sala, e Lucas arregalou os olhos assustado. — São só meus pais, calma.
A mãe de Eliott ao ver os dois abraçados na sala, abriu um enorme sorriso pois imaginava quão feliz seu filho estava. Assim como a maioria das mães no mundo, esse era seu desejo, ver sua criança crescer, descobrir o mundo, se descobrir, encontrar alguém para amar e ser feliz. E ele finalmente havia se realizado.
— Achei que Eliott só tivesse aqueles dois amigos que estão sempre aqui esvaziando minha geladeira e meus armários. — Seu pai falou deixando sua pasta no balcão.
— Pai... — Ele ia começar a explicar, mas Lucas passou sua frente, encarando o mais velho dali .
— Eu sou Lucas, namorado de Eliott. — Estendeu a mão para o cumprimentar e todos ali o encararam de boca aberta.
Não havia um pedido oficial, na verdade, durante toda essa confusão eles não conseguiam pensar. Tudo estava acontecendo rápido demais e de repente Eliott via Lucas se apresentando como seu namorado.
Isso o assustava um pouco, afinal ainda tinha seus receios, mas nada naquele momento o deixaria mais feliz.
X
Lallemant fora convidado para não só jantar, mas também passar o resto da noite na casa dos Demaury. Sua mãe já tinha sido avisada e estava tranquila com isso, então tudo que ele podia fazer era pedir algumas roupas emprestadas de Eliott, e passar um tempo conversando com os pais de seu amado.
— Eu fico feliz que vocês tenham se acertado. — A Sra. Demaury disse enquanto colocava algumas cenouras em seu prato. — E eu querendo empurrar o Eliott para a Beatrice sem saber como vocês são lindos juntos.
— Você pirou? Aquela garota é doida demais para o Eliott, o coitado ia surtar em três dias de namoro. — Seu atual sogro disse sorrindo e mantendo uma expressão divertida em seu rosto. Ele não escondia como estava feliz por seu filho.
— Ela é um pouco complicada mas tem bom coração.. — Eliott disse em defesa da amiga mesmo sabendo que aquilo era verdade.
— Ela quase me bateu no meio do pátio Demaury! E você me vem com "um pouco complicada"? — Perguntou encarando o namorado, que já estava rindo enquanto lembrava da cena.
— Você tinha me deixado, ela foi me defender. Amigos fazem essas coisas uns pelos outros. — Tais palavras o fizeram pensar como ele se afastou dos meninos, e como gostaria que eles estivessem mais presentes em sua vida.
Após o jantar, o novo casal seguiu para o quarto do mais velho e ficaram conversando até pegar no sono. Tudo começava a entrar nos trilhos de novo, e isso os deixava tranquilos, finalmente estavam juntos e felizes com as decisões tomadas, nada poderia estragar isso.
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my soulmate. • elu (em edição)
Fanfic"Uma alma gêmea é alguém que tem fechaduras que se encaixam em nossas chaves, e chaves para caber nossas fechaduras. Quando nos sentimos seguros o suficiente para abrir as fechaduras, os nossos verdadeiros "eus" saem e podemos ser completamente e ho...