Eliott estava exausto com mais uma mudnça de cidade, e com isso, mudança de escola e amigos.
Coisas desse tipo acontecem praticamente todo ano já que seus pais estão sempre viajando por conta de trabalho. O que resulta em um adolescente mudando sempre de escola, conhecendo novas pessoas e deixando outras para trás. Um ciclo que ele já está cansado de ver sempre se repetir.
— Filho, eu sei o que você acha de tudo isso. — Sua mãe falava enquanto observava o filho arrumando a mala de forma irritada, praticamente jogando as roupas. — Eliott...
— Mãe eu só queria ter um lugar fixo, sabe? Poder falar, nossa eu morei por anos em tal lugar, namorei tal pessoa por tantos anos, tive uma vida em tal lugar. Mas não, eu estou sempre me mudando, sempre me vendo obrigado a quebrar e construir novos laços por ai. Eu tenho medo de me apaixonar por não saber quando tempo irei ficar e poder acabar dando certo e eu ter que largar quem eu amo! — Falou se sentando na cama e olhando para a mãe com olhos cheios de lágrimas. Isso apertou o coração dela, afinal, sabia que as mudanças o irritavam, só não sabia quanto.
— Eu vou conversar com seu pai, e vamos ver o que podemos fazer meu amor. Agora, termine logo para podermos ir jantar. — Deu um beijo no cabelo bagunçado do filho, e saiu do cômodo, deixando o mais novo ali sozinho em seus próprios pensamentos.
[...]
Paris. A cidade da luz e também dos amantes. Uma das cidades mais lindas e chiques do mundo. O local de nascença do jovem Demaury.
Depois de quase dez anos, ele estava de volta a sua querida cidade. Só que dessa vez Elliot sentia que esta não seria uma mudança comum, não seria como as outras em que ele entra em uma nova escola, faz alguns amigos, e meses depois vai embora, sem olhar para trás. Deixando todas as pequenas coisas que construiu em pouco tempo, todos os bons momentos, trancados em uma caixa fechada em sua memória.
— Pai, eu estou confiante sobre essa vez. — Já haviam se instalado na antiga casa que moravam, estavam colocando as malas para dentro e conversando sobre como seriam as coisas.
— Espero que esteja filho. O que fazemos é apenas para te ver bem. — O mais velho falou passando pelo rapaz, que ficou com uma expressão confusa em seu rosto.
— Decidiram que querem me ver bem agora? Aos 18 anos? Não é um pouco tarde não? — Se sentou em um degrau da escada, encarando os pais parados em sua frente.
— Eliott, eu e seu pai conversamos sobre como tudo tem sido uma mudança constante mudança. E chegamos a conclusão que só vamos nos mudar de novo quando você terminar o ensino médio. Assim você poderá criar fortes amizades, se apegar a quem quiser, se apaixonar sem medo, e o mais importante: ser feliz. — Sua mãe falou o olhando enquanto o jovem tentava organizar seus pensamentos.
— É sério? Tipo, sem mudanças de planos de última hora? — Perguntou com sua sobrancelha esquerda arqueada e um pequeno sorriso nos lábios.
— Sim. Mas também pode acontecer de você começar a trabalhar, e talvez querer morar sozinho. Você é maior de idade.
Eliott sentia que finalmente ele teria a chance de se descobrir e ser feliz.
[...]
Estar em uma escola nova nunca é divertido. Vem aquela sensação de que os outros alunos estão comentando sobre você ou te olhando. Nunca é algo muito agradável, não importa o país que você esteja.
E com Eliott não foi diferente.
Era a sua primeira semana, e ele conseguiu dar a sorte de chegar na semana de provas. Mas por ser um garoto estudioso e muito inteligente, ele conseguia dar um jeito de não tirar zero em tudo.
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my soulmate. • elu (em edição)
Hayran Kurgu"Uma alma gêmea é alguém que tem fechaduras que se encaixam em nossas chaves, e chaves para caber nossas fechaduras. Quando nos sentimos seguros o suficiente para abrir as fechaduras, os nossos verdadeiros "eus" saem e podemos ser completamente e ho...