my soulmate. • elu (em edição)

you're my happy ending.

E chegamos no final. Leiam as notas finais. ♡

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Tudo havia mudado. Lucas começou a se aceitar e não escondia mais seus sentimentos. Eliott tinha vontade de gritar com toda força o quão apaixonado estava e como seu pequeno garoto o fazia feliz. Daphné superou seu crush nele, e havia decidido que seu foco eram apenas estudos e a sala comum. Festas também eram bem vindas, afinal ela não era de ferro e precisava se divertir, mas garotos foram riscados de sua lista. 

Lucas atravessava todo o pátio da escola de mãos dadas com seu namorado, o que atraiu a atenção de vários alunos em volta. Muitos viram quando Eliott o beijou na brincadeira do verdade ou desafio, muitos reparavam na forma que eles se olhavam de longe, e também não esqueceram da cena que Beatrice fez no meio do corredor pra contar a verdade para Chloe.

Isso pode ser entendido como alunos que não tinham vida para cuidar ou coisas para fazer, então ficavam acompanhando cada detalhe das coisas que os faziam e montando teorias. Então depois de tudo, chegar na escola de tal maneira iria chamar atenção.

Mas na verdade, eles não se importavam nem um pouco. Podiam falar e pensar o que quisessem, Lucas e Eliott estavam vivendo o melhor momento de suas vidas juntos e tinham exatamente tudo o que precisavam: um ao outro.

— ELIOTT VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! — Beatrice corria em sua direção com um enorme sorriso no rosto e um celular em mãos. Estavam acompanhados de Arthur, Basile, Yann e Lucas, mas os mesmo estavam apenas caminhando tranquilamente enquanto a de cabelos azuis corria. Com o namoro dos dois, os grupos acabaram se unindo, afinal, eles se davam bem juntos.

— Fala mulher. — Demaury disse sorrindo enquanto soltava a mão de Lucas para abraçar a amiga. Nas últimas semanas eles quase não conseguiram se ver e ele sentia muita falta da melhor amiga.

— A LUCILLE ME CHAMOU PRA SAIR! — Gritava completamente feliz sem se importar com os olhares a sua volta, ou que estava no meio do pátio chamando atenção.

— Mas a Lucille não é sua ex? — Lucas disse arqueando uma sobrancelha, fazendo o namorado rir.

— Lucas eu lembro bem em ter te falado que nosso namoro era falso. — O mais velho voltou a abraçar o menor que ainda mantinha sua cara emburrada. — Sabia que quando está com ciúmes parece um ouriço bravinho?

— A pronto. — Encarou Eliott sorrindo e deu um selinho, mostrando que havia gostado do apelido e que estava bem de novo.

Mesmo que os dois grupos tivessem se unido, algumas vezes Beatrice ou Louis queriam contar algo apenas para Eliott, ou os meninos queriam passar um tempo apenas com Lucas. Costumavam pensar como era bom que estivessem felizes com tudo o que estava acontecendo, mas isso não significava que eles precisassem passar as vinte e quatro horas do dias grudados um ao outro. Lucas e Eliott falavam bastante sobre isso, e um respeitava o espaço do outro.

[...]

Aula de filosofia. Como sempre, poucos alunos conseguiam manter a atenção na explicação do professor enquanto alguns outros dormiam ou escutavam musicas em seus celulares olhando para o nada. Eliott queria ver Lucas, mas ambos haviam combinado de não saírem do meio da aula apenas para se encontrarem no banheiro porque estão entediados.

Mas aquela aula, aquela maldita aula estava matando Demaury.

— Posso ir ao banheiro? — Ergueu sua mão chamando a atenção do senhor grisalho que andava de um lado ao outro na sala, e ao ouvir o pedido do aluno, logo permitiu sua saída.

O que ele não esperava era que ao chegar em seu destino, encontraria seu namorado sentado no chão de olhos fechados.

— Lucas? — Retirou os fones dos ouvidos do mais novo, que acabou se assustando e quase bateu no mais alto. — Calma, sou eu!

— Merda Demaury! Você me assustou. — Puxou os fios e junto com o celular, os enfiou no bolso. — O que você quer?

— O que você tem? Não deveria estar na sala? — Se sentou ao lado dele, que se levantou no mesmo segundo e se afastou de Eliott. — Lucas...

Algo havia acontecido. Lucas sempre fora muito gentil, educado e quando via Eliott a primeira coisa que fazia era ir beijá-lo. Agora ele está estranho e afastando o namorado de si. Ele não costuma fazer isso.

— E você deveria estar na sua! — Se virou de costas, deixando Eliott mais perdido ainda.

— Lucas Lallemant, seja lá a merda que tenha acontecido com você, não tens o direito de me tratar assim sem me explicar nada! — Voltou a ficar de pé e parou na frente do menor, dessa vez o forçando a olhar em seus olhos. — O que aconteceu?

— Eu estou com medo de....de você me deixar. — Uma lágrima escapou e escorreu por seu rosto, e isso deixou o apertou o coração de Eliott.

— E eu posso saber o motivo desse medo agora? Eu já disse que não vou te deixar nem que me paguem! —

— Eu acabei pegando no sono durante a aula, e tive um pesadelo. Então eu vim pra cá, mas durante o caminho eu escutei algumas pessoas comentando quanto tempo dão até você me largar e começar a namorar outra pessoa para que eu pudesse aprender que o que fiz com a Chloe não foi certo. Eles sabiam que eu estava passando, eles me viram e falaram rindo. — Lucas falava já não conseguindo e tampouco tentando segurar as lagrimas que insistiam em sair, e encarou o o namorado, que se aproximou de si e o abraçou.

Nada acalmava mais Lucas do que os abraços de Eliott. Deitar a cabeça em seu ombro enquanto o outro acariciava seu cabelo era de longe, a melhor coisa que podia ter. Ele realmente amava isso.

— Olha para mim. — Se afastou o suficiente para o encarar e se o mais velho se apoiou na pia. — Lucas, desde que eu conheci você nesse mesmo banheiro há alguns meses atrás eu senti algo no momento em que vi seu reflexo por esse espelho. Eu nunca havia me apaixonado pra valer até ver seu rosto, até ouvir sua voz e sua risada. Você me atraiu aos poucos, mesmo que não percebesse o efeito que tem sob mim, e eu tentei me afastar por saber de você e Chloe. Mas tentar me afastar era impossível, músicas, fotos aleatórias na internet, textos no tumblr, tudo me lembrava você. O que eu quero dizer Lucas, é que tu és a única coisa que me salva todas as manhãs. És a primeira coisa que eu penso pela manhã e a última que passa pelos meus sonhos durante a noite. Eu nunca vou te deixar, e sabe o por que? —

— Porquê? —

— Por que eu te amo. E eu sinto que você é a minha outra metade que eu acreditava estar perdida por ai. Você é tudo que eu preciso. — Não só Lucas, mas o próprio Eliott tinha lágrimas escorrendo por seu rosto. Ele jamais tinha pensando que podia se sentir assim por alguém, e não sabia que conseguiria se declarar de tal forma em um banheiro durante horário de aula.