Capítulo 3

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Entrar no apartamento da minha mãe não foi uma terefa muito fácil, a mulher parece que tem medo de morrer, diversos seguranças faziam a guarda do seu quarto. Troy me deixou no telhado do prédio e tudo que eu tive que fazer foi descer até o décimo primeiro andar por uma corda amarrada a um ferro sondado. Entrei pela janela e me sentei na mesa do almoço onde tinha diversos pratos que eu fiz questão de meter o dedo e provar algumas coisas, a demora estava me deixando inquieta.

Quando se tratava de missões eu era uma pessoa paciente, sabia levar a situação no ritmo do meu alvo mas com a vida do meu filho em risco as coisas tendiam a ser mais sérias. Em uma pequena escrivaninha tinha uma foto de Ligia e seu marido, pareciam felizes, eu e ela tinhamos algumas coisas em comum como a cor do cabelo e a altura, seus olhos eram negros.

Depois de quase uma hora de espera a maçaneta da porta se mexeu revelando que alguém estava se aproximando da sala de jantar, exatamente como eu presumi era ela. Seus cabelos estavam soltos ao redor do corpo, um vestido rosa lhe apertava e agora usava um óculos com armação branca, seu olhar ao me ver foi de surpresa a decepção.

- Você devia estar morta. - revirei os olhos cruzando as pernas em sinal de desinteresse.

- Vamos pular essa parte do reencontro? Eu realmente não estou com humor para isso. - peguei um camarão com a mão e comi, ela fez cara de nojo. - O almoço está fantástico, palmas para quem fez.

- Vou ligar para a segurança. - ela pegou o celular, atirei uma faca que cravou na tela do seu Iphone. - Ah!

- Opa. Escorregou, mas você compra outro. Não é atoa que tem desviado tanto dinheiro da empresa, não é?  - seu olhar de ódio eu rebatia com nada além de desprezo.

- Como ousa aparecer aqui desse jeito, achei que tinha m e livrado de você. O que quer? Dinheiro? - ela perguntou puxando o talão de cheques da bolsa. - Eu posso te dar o suficiente pra você sumir da minha vida.

- Eu não preciso do seu dinheiro, o que o papai deixou pra mim é o suficiente. Mas eu fico surpresa que me reconheça, já que me abandonou nos primeiros dias de nascida. - beberiquei o vinho que também era servido no almoço.

- Como eu não iria reconhecer... Você se tornou a cópia exata do Inmanuel, esse olhar frio e sádico. - sorri para ela que desprezou meu gesto.

- Eu sei que vocês trocaram cartas até pouco antes da morte dele, em todas elas estava escrito que você não queria saber sobre o resto de aborto. Eu encontrei todas no escritório dele,não adianta negar. - ela sentou a mesa junto comigo e ficou me encarando calada. - Vou tomar esse seu silêncio como uma... afirmação.

- Nunca foi segredo o que sentia por você, ele te amava. Só me mantinha em sua casa porque tinha medo que eu sumisse com você. Era a pequena Cinderella dele. - gargalhou debochando do nome. - Ele colocou mesmo esse nome ridículo em você, não foi? A melhor coisa que eu fiz foi ir embora.

- Eu não dou a mínima. Só quero saber quem é e porque está desviando dinheiro da sua empresa para a Mercile. - ela sorriu encostando na cadeira branca de madeira bem talhada.

- Eu não devo satisfações a você, Cinderella. - e eu achando que seria fácil arrancar alguma coisa dela.

- Deve, porque eu tenho provas suficientes para colocar todo o seu império abaixo. - ela pareceu ficar pensativa, era um legado em troca de uma informação, nada mais justo. - Sabe Ligia, quando eu era criança sempre quis ter uma mãe que me ensinasse a usar laços e brincar de boneca, mas hoje vendo você eu agradeço por não ter tido a oportunidade de te conhecer.

- Vai me deixar em paz ? Não quero voltar a te ver de novo. - algumas lágrimas escorriam dos seus olhos e borravam sua maquiagem cara. Assenti. - Eliot Bremen, um sócio de marketing. Ele começou a desviar um pouco antesmda notícia da sua morte. É um bom homem.

- Claro, você dormiu com ele. Contou segredos a ele e no final ele achou alguém com um interesse em comum de conseguir minha morte e por a mão no dinheiro do meu pai. Mas os planos não saíram como planejado, o dinheiro não estava mais em conta nacional. Então começaram a lucrar investindo na Mercile. - ela assentiu confirmando tudo que eu já suspeitava.

- Tão esperta quanto seu pai. Ele não deixou um centavo para mim. - me levantei indo em direção a janela mas fui interrompida pelo som da sua voz. - Ele queria que você se tornasse uma princesa dos contos de fada.

- Se eu souber que você está envolvida com a Mercile eu mesmo mato você... e quem disse que eu não sou uma princesa? - sorri de lado para ela e corri para a janela agarrando a corda.

Ella - Novas Espécies [L8]Onde histórias criam vida. Descubra agora