Capítulo 8

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- Bem-vindos, entre!

A garota de vestido vermelho deu passagem para Erick e Nick entrarem, tudo lá dentro era estonteante, as cortinas iam do teto ao chão, o lustre brilhava no teto parecendo um céu estrelado, copos vermelhos estavam espalhados. O tapete parecia que estava banhado a sangue, Lola gostava da cor.

- Não estou gostando disso. - Disse Erick ao ouvido de Nick.

- Não tem nada de mais, ou tem?

- Não sei, mais estou com um pressentimento ruim.

- Nada vai acontecer, relaxe e curta a festa. Já estamos aqui mesmo.

Como se relaxa em uma festa? - Essa pergunta pairou na cabeça de Erick querendo resposta.

A universidade inteira estava lá, ou quase toda, ninguém ligava para o que estava acontecendo, o som alto e as bebidas diversificadas invadia as pessoas fazendo ficarem fora de si.

Um casal de garotas estava aos beijos no sofá, uma garota dançando em cima da mesa, havia pessoas no segundo andar dançando ao ritmo da música, outras nos quartos fazendo seja lá o que for.

A garota de olhos negros observava como uma águia o lugar sem nada passar despercebido qualquer coisa que se mexia. Ela deu um sorriso amargo quando uma garota disse algo ao seu ouvido e apontando para Erick com um dos copos na mão.

Um grupo se reuniu em torno de uma mesa enquanto jogava Beer Pong, era inevitável a cara feia de Erick quando ele conseguia acertar um dos copos. Nick se encontrava encostada em uma parede observando tudo, quando seu olhar se encontrou com o de Lola, era perceptível mais logo foi quebrada com um dos seguranças dizendo algo que a fez sair mais de pressa.

Um grito triste e angustiante foi ouvido do lado de fora, todos saíram correndo e encontraram o corpo de um jovem com uma pena preta no chão.

Todos saíram da mansão quando a Polícia chegou, alguns ficaram para dar seus depoimentos, outros foram embora, mas ninguém sabia onde estava Lola Wright.

- Sabe, eu adoraria brincar com você de cão de gato, o que você acha?

- Me solta.

- Claro, eu vou te soltar mas anates eu quero saber o que.ele.é?

- Eu nunca vou te dizer.

- Sério, eu acho que vai. - A garota passou algo afiado no rosto da prisioneira.

- Eu prefiro morrer do que dizer.

- Isso não será problema, vamos lá. Me dê um pouco de diversão.

- Eu não tenho medo de você Azrael!

- Eu também não Cheryl, ou você prefere Uriel?

Cheryl cuspiu no rosto de Azrael, fazendo-a levantar sua raiva.

- Tarde demais para falar. - Com sua lamina ela passou em sua garganta fazendo um luz se espalhar por toda a mansão.

- Ele...ele é um...hi...hibrido. - O vento que entrada pela pequena janela do porão levou o corpo de Uriel que se transformou em cinzas douradas.

- Que divertido! - Ela saiu saltitando para fora indo para o espelho.

- Eu sabia que você era deplorável, mas matar um dos arcanjos? Menos um para o seu querido pai.

- Ele não é meu pai.

- Você ainda é um anjo, não se esqueça disso.

- A porra de um anjo que fazia a droga da travessia, um anjo esquecido, inexistente. Então não me venha tentar relembrar a droga do meu passado. - Ela gritou.

- Claro, querida. Isso é uma pena? - Ele se referiu sobre a pequena pena na mão de Lola.

- Não está vendo? - Lola disse passando a mão na pequena pena negra.

- Eu sabia!

- Saia daqui Travis. AGORA!

- Eu vou te achar, custe o que custar! - Lola disse observando seu reflexo no grande espelho

- Você já começou bem, matando a mãe?

- Robert, quantas vezes já disse para bater?

- Qual é irmãzinha? Um dia você vai acabar virando espelho.

- Nesse dia você aprende a bater. Quer um cigarro? - Lola disse acendendo o dela.

- Não, qual o seu próximo passo?

- Vou tirar todos de perto dele até chegar em Sorah, quando isso acontecer ele só vai ter a mim.

- Você é diabólica. Quem é Sorah?

- Sorah? Doce e iluminada Sorah, é minha irmã e anjo da guarda dele.

- Você vai tirar a proteção divina dele. Você é literalmente o pior ser que já existiu.

- Você não quer ele? Então você terá. Agora saia.

- Até Azrael!

- Doce Sorah! - Ela disse com seu cigarro na boca jogando a fumaça para o vento, era tudo ou nada.

***

Os primeiros raios de sol eram vistos dando a cor dourada para o pequeno riacho, os pássaros começaram a cantar, a brisa da manhã soprou a pele nua de Lola, fazendo-a despertar.

- Bom dia, princesa! - O rapaz do seu lado disse observando Lola despertar.

- Para você. - Ela levantou vestindo sua roupa que estava jogada no chão.

- Podíamos ficar em seu quarto essa noite.

- Nem na outra encarnação.

- Não tem problema se estiver bagunçado, vamos bagunçar mesmo.

- Não se atreva a entrar lá, se entrar quem vai sair bagunçado vai ser você. - Ela disse arrogante saindo do quarto.

Do inferno ao ParaísoOnde histórias criam vida. Descubra agora