Capítulo 24

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- Entra aqui. – Lola sinalizou com a mão para Erick entrar na estrada de terra.

- Até agora não entendi o por que estamos em Vermont. – Erick disse prestando a atenção na direção.

- Você vai entender. – Lola disse ajeitando os óculos escuros no rosto.

- Se você diz. – Ele concordou. – A direita?

- Isso. – Lola respondeu

- Onde estamos indo afinal?

- Meus pais tinha uma fazenda por aqui, então foi a melhor saída que achei para você.

- Só para mim? – Ele desviou os olhos da estrada e olhou para Lola. – Você não vai ficar?

- Por uns dias, eu tenho que voltar e dar um jeito. – Ela engoliu em seco

- Você me assusta as vezes. – Ele sorriu mostrando a covinha em sua bochecha.

- Você tem covinha. – Ela disse tocando o lugar com o dedo indicador.

- É, eu tenho uma cratera. – Ele disse fazendo Lola gargalhar. – Adoro sua risada, você também tem. – Ele disse apontando – Nunca vi.

- Ela quase não aparece e não é algo que eu me orgulhe muito. – Ela disse tocando a bochecha.

- É linda, você devia rir mais.

- É... chegamos. – Ela disse, fazendo Erick parar o carro em frente a imensa casa.

- É linda – Ele disse descendo do carro.

- É, minha mãe tinha um bom gosto. – Ela disse destravando a porta. – Bem-vindo.

- Uou! – Erick disse surpreso olhando para a enorme sala com moveis brancos e beges dando um ar sofisticado. – É um piano? – Ele apontou para o móvel a tampado com um lençol branco

- É, meu pai tocava. – Ela disse destampando o instrumento. – É a primeira vez que eu tiro o lençol em sete anos. – Lola disse tirando o lençol, exibindo o imenso piano de calda preto.

- Não precisa. – Erick disse

– Eu amava quando nós passávamos o final de semana aqui, era incrível. Eu ficava na cozinha com mamãe e Matilde, e meu pai aqui tocando. – Ela disse encostando os dedos nas teclas do piano.

- Posso? – Erick perguntou.

- Claro. – Lola deu espaço e Erick sentou no banco, ele posicionou os dedos nas teclas e uma melodia suave preencheu o local, Lola fechou os olhos e aproveitou o momento enquanto Erick tocava. A música que Erick dedilhava fez Lola relembrar momentos que ela passara com sua família adotiva anos atrás fazendo algumas lágrimas caírem.

Lola abriu os olhos e encarou Erick na sua frente enxugando suas lágrimas. – Você é tão linda. – Ele sussurrou

- Eu sou quebrada. – Ela disse no mesmo tom

- Então deixa eu te concertar, eu posso ser a cola que você tanto anseia. – Ele uniu os lábios fazendo uma corrente elétrica tomar conta, causando arrepios

- Erick... – Lola disse quebrando o beijo. Erick voltou a unir os lábios, o beijo não era mais calmo, era urgente, quente e cheio de desejo.

- Eu preciso de você – Lola assumiu.

Erick a pegou no colo sem quebrar o beijo e subiu as escadas, ele empurrou a primeira porta que viu e a pressionou Lola contra a mesma depois de fechada. Ele tirou a lusa verde escura de Lola interrompendo o beijo.

- Você é linda. – Ele disse depositando um beijo quente no pescoço de Lola, com as hábeis mãos tirou a blusa de Erick revelando um corpo escultural com tatuagens, ele a tirou da porta colocando-a na cama. Sem desgrudar seus lábios eles tiraram, suas roupas, o verde esmeralda foi substituído por olhos escuros cheios de desejo quando Erick olhou nos olhos negros de Lola.

- Eu amo você garota.

- Ah, Erick. – Ela o beijou quebrando o olhar enquanto se desmanchava em prazer.

Naquela noite a morte se entregou para a sua ruína, a ruína que ela tanto quis manter longe, naquela noite a morte deixou ser verdadeiramente amada.

Do inferno ao ParaísoOnde histórias criam vida. Descubra agora