Por mais difícil que pareça aceitar algo é a melhor saída, havia se passado um bom tempo desde a morte da pessoa mais importante de Erick, no entanto a vida começara a nascer junto coma primavera trazendo luz e alegria.
- Você tem certeza que vai ficar bem aqui? – Nick disse colocando um pequeno vaso de flor na mesa.
- Eu vou, afinal foram meses. – Erick saiu da cozinha com panquecas em um prato.
- Hm, panquecas! – Nick disse lambendo os lábios
- Ei, deixa para mim! – Ele brincou
- Credo! – Nick disse com a boca abarrotada – Você vai voltar para a Universidade?
- Eu já voltei. – Ele disse coçando a nuca.
- VOCÊ O QUÊ? – Gritou – Seu ingrato
- Eu me formo esse ano, não podia esperar.
- Só vou te desculpar porque as panquecas estão maravilhosas.
- INTERESSEIRA – Ele gritou subindo as escadas.
A tempestade vem, logo em seguida vem a bonança, e era assim que Erick se sentia, a brisa calma da primavera tomava conta de todos os cantos, a neve que restava no gramado estava sendo substituída por um imenso tapete verde.
- Eu sei que não tem nada a ver, mas você tem notícias da Lola? - Ela fez uma pausa esperando resposta, quando não obteve ela continuou – Tem um bom tempo que ela não aparece na universidade.
- Não, a última vez que eu a vi foi aquele dia na sua casa. – Ele disse
- O dia que mamãe surtou, por causa da chuva. – Ela desviou o olhar
- Eu acho que ela não devia ter surtado.
- É..., todo mundo achou que ela era sua namorada. – Ela riu - Ninguém lá em casa gosta da Lola, apenas meu pai que a suporta pelo emprego.
- Porquê? – Ele perguntou olhando para sua mistura comestível
- Não sei, eles não vão muito com a cara dela. – Ela deu de ombros – E o pior é que papai trabalha para ela.
- Pera aí, seu pai trabalha na Black? – Ele perguntou curioso – Não é o pai dela que é o dono?
- Meu pai trabalha, não, é a Lola que é a dona daquele império todo. – Ela riu sarcástica – E, é estranho eles não gostarem dela já que meu pa...
- Eu estou trabalhando lá. – Ele a cortou
- Você? – Ela o olhou surpresa – Meu Deus, você é o cara novato que papai falou, o sortudo.
- Como assim? – Ele perguntou comendo sua gororoba
- Você é o protegido, Erick. – Ela disse fitando o gramado – Você está ocupando um cargo que ninguém conseguiu chegar, nem papai que trabalha para Lola a anos.
- Eu apenas cuido da administração, não faço nada demais. Afinal tem alguém acima de mim que faz todo trabalho pesado.
- Não Erick. – Ela o olhou – Você é o segundo chefe da Black, Lola que está acima de você.
- Não claro que não, se eu fosse, Lola teria me contado.
- Lola? – Ela perguntou desconfiada – Você disse que não viu ela.
- Não vi, ela me ligou e me ofereceu. Disse que tinha alguns serviços pendentes que seu pai estava cobrando e ela não fez.
- Caraca Erick, é obvio que ela não ia falar.
- Não sei de mais nada.
- Erick, ela é Lola Wright, a família Wright são as pessoas mais influentes do país e fora. Ela nunca ia te falar.
- Que seja. – Ele disse se levantando – Vamos.
- Acredite, não sou muito fã dela, porém em relação à o que ela faz, ela não é tão ruim. – Ela disse embolando o papel na mão.
...
Confuso, era a palavra que descrevia Erick enquanto ele tirava sua roupa de faculdade e colocava seu impecável terno, afinal porque Lola se deu o trabalho de colocar uma pessoa que ela mal conhecia para administrar uma empresa?
O caminho para a mesma foi do mesmo jeito, perguntas rondavam a sua cabeça, e sem respostas ele entrou pela grande porta de vidro recebendo olhares maliciosos do público feminino.
Uma batida na porta tirou a atenção de Erick dos papeis, uma garota de cor ébano com cabelos claros abriu a grande porta de madeira colocando apenas a cabeça para dentro.
- Senhor Hughes! – Ela o chamou – Assina estes papeis para mim por gentileza?
- Pode colocar aqui, Sara. – Ele disse
Ela entrou na sala de Erick com seu típico traje de secretária oferecida, colocou os papeis na mesa e antes de virar as costas soltou uma piscadinha para o rapaz, assim saindo com uma cara de quem ganhou um troféu.
- Com certeza são muitos! – Ele disse olhando para a pilha de papeis, não estava nem na metade quando uma mensagem em seu celular chamou sua atenção.
" ME ENCONTRA EM IPSWICH, EM MEIA HORA"
Ele sabia de quem se tratava, ele assinou mais alguns papeis e saiu afobado, era um longo caminho até a praia.
- Sara, - Ele a chamou – vou sair, cancele minha agenda, quando eu voltar, resolvo. – Ele não deu tempo de a mulher responder, foi para o estacionamento entrando dentro do chamativo carro vermelho.
- Droga! – Ele praguejou parando no engarrafamento
" VOU DEMORAR" – Ele retornou a mensagem.
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Do inferno ao Paraíso
Fantasy" Eu sinto muito... não fui a amiga que você precisava, não fui a garota que você merecia, eu apenas fui a sua ruína. Me desculpa, ontem você disse que me amava e eu me odeio. Erick eu... a caramba eu te amo tanto que doí, mais precisava fazer isso...