STAY • joaley (em revisão)

22° capítulo | louquinha

O Bailey consegue ser tão idiota quando quer, isso me faz querer arrancar os cabelos. Não tem necessidade dele fazer esse showzinho.

Eu estou com muita raiva, e se eu não me controlar vou acabar botando fogo no quarto dele.

Onde já se viu uma pessoa não querer fazer sexo por causa de uma camisinha? E isso é essencial, vai que ele tem algum tipo de doença? Bom, se ele tiver eu já peguei, mas eu não vou pensar nisso. Vou ir atrás dele para resolver essa história maluca e se ele não enteder eu simplesmente não vou correr atrás.

Saio do quarto e penso que ele provavelmente está no meu quarto, mas não tem ninguém por lá.

Por onde ele se enfiou?

Vou para o elevador e aperto o botão do saguão, mas lá está tão vazio que eu corro de volta com medo. Bailey não está em lugar nenhum, penso em até que ele foi embora, mas isso é loucura. Paro em cada andar, os corredores são vazios. Não conheço muito esse lugar, mas tento ir em alguns que eu já fui. Chego no da academia e fico com um pouco de receio.

A luz está acesa e eu ouço alguns barulhos estranhos. Engulo o seco entrando naquele local. A pequena sala está muito fria. Alguém deve ter colocado o ar condicionado no -10°C, porque eu tenho que me abraçar para conseguir me esquentar.

Vejo Bailey socando o saco de pancadas e assusto um pouco com a agressividade dele.

Acho melhor eu ir embora.

- Eu estou te vendo!- Bailey diz ainda batendo no saco

Eu esqueci completamente que essa sala está cheia de espelhos. Mas já que ele deu a deixa, eu aproveito para falar, até porque vim aqui para isso.

- Eu queria conversar com você.- cruzo os braços e tento não parecer assustada

Bailey finalmente para e desenrola uma faixa que está na mão dele.

- E sobre o que quer conversar?- ele olha para mim depois de ter jogado as faixas em um canto

- Sobre o que aconteceu agora.- Bailey não responde nada então eu continuo - Você não pode sair daquele jeito, Bailey. O que você fez foi covarde.

- E você poderia ter confiado em mim.

- Confiado em você?- repito as suas palavras tentado enteder o que elas significam

- Sim, eu não sei o que passa na sua cabeça e não sei o que você pensa sobre mim. Mas saiba que eu nunca seria tão idiota de não saber dos riscos que nós dois podemos ter. - ele faz um sinal indicando eu e ele

O Bailey ainda não consegue entender o meu lado e isso me deixa mais furiosa.

- Falar é fácil Bailey. Não se esqueça que se algo acontecer eu que vou ter mais responsabilidade.

- Eu sou um bobão, mas não seria tão imaturo de não assumir qualquer responsabilidade. Eu sei das minhas atitudes, sei o que devo fazer. Sei o certo e o errado, mas você tem que confiar em mim para isso dá certo.

O que ele quis dizer com "isso dar certo''?

- Não importa, Bailey. Do mesmo jeito você não poderia ter agido daquela forma.

- E você também não.- ele franze a sombrancelha e levanta os braços dando a entender que é óbvio

- Larga de ser idiota, Thomas.

- Eu não estou sendo idiota, só estou dizendo a verdade. A mesma que você não quer acreditar.

- Eu não falei isso. Só quero que você me entenda e que me respeite em qualquer decisão. Eu confio em você, mas sempre vou ter um receio de que realmente devo. E isso não é a sua culpa, é minha por ser paranóica.