Pouco a Pouco

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Pouco a pouco aprendendo a ser dispensável
Pouco a pouco aceitando ser só uma lembrança
Pouco a pouco entendo como segue a dança
Que a mudança é o único fator invariável

Quando os ventos da mudança sopram
Inevitavelmente afastam o que deve história
Juntam o que deve ser futuro
Parece que o Fado é sempre um artesão muito bruto
Parece sempre gostar de refazer trajetórias com dor

E acontece
Alguns pontos são finais
Outros continuam mais um pouco
As vezes uma vírgula pra respirar
Cedo ou tarde tudo vai de novo mudar

E o sobrevivente precisa segurar-se
Precisa conter a si mesmo em si
E deixar o fluxo passar
Sorrir, chorar, desejar, perder, amar

Outras Conversas ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora