Ô, minha linda, me diz o que é que você vê aí... Será que a gente vê parecido? Eu duvido.
E eu duvido porque não tem como alguém te ver assim, do jeitinho que eu vejo. O teu sorriso é a coisa mais linda; teus olhos brilham, mudam de cor junto com a luz, e essas curvinhas nos cantinhos deles se mostram. E o que tem que eles são caidinhos? Pois são esses detalhes que te fazem tão especial... Assim como a covinha que aparece tímida ali no canto. Teu rosto parece uma tela, teus cabelos com todas essas curvas, mais me lembram o mar, com essa cor que é só tua. E todo o resto é lindo também, os teus ombros, costas, braços, pés, mãos... Eu te vejo tão linda! Essas coisas que você analisa no espelho, forçando tudo a trocar de um lugar pro outro, uma levantada aqui, diminui um pouco ali... Pra mim isso aí é em vão, porque já tá tudo tão certo, no lugar que devia estar. Essas aí são as tuas digitais, muda nada não... Essas linhas que passaram do vermelho pro branco; essas marquinhas que você nem sabe de onde vieram, mas que aparecem de vez em quando em todo canto: elas não diminuem a sua beleza, não. Quem é que poderia? Ninguém.
Eu te vejo linda assim e não é à toa não... Não importa se você é diferente do que descrevi, eu falo contigo também. Me faz o teu espelho e se vê um pouquinho como eu vejo. Quando chegar a hora, eu saio pra você se ver de um outro jeito, esse vai ser só teu. E eu prometo que vai ser muito bom.
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Alguns contos e crônicas (ou tentativas de escrevê-los)
RandomÉ exatamente o que diz o título, não tem muito segredo... Sou só eu tentando fazer algo com essa minha mania de ver palavras em tudo. //Atualizações semanais//