[1] desastre

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(escrito em 26 de janeiro de 2019)

        Hoje estava sendo um dia razoavelmente bom, apenas mais um dia normal nessa calmaria do início do ano. No entanto, hoje mais do que nunca me dei conta de como um dia pode ser diferente de tantas maneiras, de pessoa pra pessoa.

        Enquanto para muitos foi um dia bom, assim como o meu, para outros, foi o pior, ou quem sabe, último. Estou me referindo especificamente ao desastre que aconteceu em Brumadinho (MG), por conta da barragem. Quantas pessoas não tiveram suas vidas tiradas bruscamente pelo avalanche de lama? Quantas não buscaram apoio nos escombros, na esperança de um resgate? Talvez mais pessoas tivessem sido salvas, se houvesse algum sinal da sirene que não tocou.

       As notícias sempre acabam mexendo comigo de certa forma, talvez por isso tento evitar assistir jornais. Eu sei, pode parecer estranho, mas é como dizem: "o que os olhos não veem, o coração não sente". Seria essa uma maneira de encobrir uma atitude egoísta? Provavelmente.

       Então agora estou deitada refletindo sobre como a vida pode ser tirada de nós em um segundo, sobre como cada um usa de forma diferente essas 24 horas. E sobre como talvez nossos dias ruins, não sejam tão ruins assim. 

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