Prólogo pt.1

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Hope

(4 anos de idade)

- Papai, papai! Olha o que eu sei fazer. - Digo dando uma cambalhota na cama do seu quarto. Minha amiguinha, Josephine, me ensinou a como dar uma hoje na creche, e não paro de me exibir desde então.

Ele abre um sorriso orgulhoso. - Meu Deus, filha! Como você faz isso? - Pergunta se sentando ao meu lado.

- É muito fácil, papai. A Jo me ensinou hoje. Óh. - Reproduzo meus movimentos, jogando meu corpo na cama, dando gargalhadas.

Meu pai me pega no colo. - Você é muito esperta, ursinha. Eu não dou conta de fazer um negócio desses nunca! - Comenta dando risada. - Já mostrou para sua mamãe?

- Ela está no escritório, não quero atrapalhar... - Respondo um pouco apreensiva. Minha mãe passa horas dentro daquele escritório, escrevendo seus livros. O papai me diz que ela gosta de ficar lá quietinha, então não devemos ficar batendo na porta o tempo todo, como fazíamos antigamente.

- Você nunca atrapalha, meu amor. Aposto que ela vai ficar muito orgulhosa. - Tranquiliza, fazendo carinho nos meus cabelos.

- Tem certeza?

- Absoluta, ursinha. Sua mamãe vai amar te ver.

- Ok, vamos lá. - Ele pega na minha mão e me leva até o escritório. Bato na porta duas vezes, ouvindo-a gritar "Entra!", e adentro no cômodo. - Mamãe?

- Oi, minha linda. - Diz com um sorriso caloroso no rosto. Não importava o quão ela estivesse ocupada ou cansada, sempre me recebia de bom humor.

Chego mais perto ao seu lado na mesa. - Eu aprendi a fazer uma cambaiota hoje. - Conto toda animadinha.

Ela tapa a boca com as duas mãos. - O quê? Eu não acredito! E não me mostrou, garotinha? - Repreende em tom de brincadeira, me pegando no colo.

- Não queria te atrapalhar, mamãe... - Confesso, brincando com o pigentinho que o papai deu a ela no dia do casamento.

- Você nunca me atrapalha, Hopie. - Declara olhando nos meus olhos. - Sempre que quiser me mostrar qualquer coisa e eu estiver aqui, é só dar o seu toque na porta. Lembra como combinamos?

- Lembro! Dois toques e três palminhas, Dito nosso cumprimento especial, vendo um enorme sorriso se formar em seu rosto.

- Muito bem, minha ursinha. Bom, que tal me mostrar essa cambalhota e depois cozinharmos alguma coisa? Eu, você e o papai? - Sugere ajeitando algumas coisas na mesa.

- Sim, sim! Eba. - comemoro me agitando toda. - Pode ser cookies? Eu adoro cookies.

- Claro, querida. Vamos. - Damos nossas mãos e saímos do escritório. Passamos a tarde toda cozinhando, rindo, e vendo falhas tentativas do meu papai de dar uma cambalhota.

Eu tenho os melhores pais do mundo.

Eu tenho os melhores pais do mundo

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