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Hope

Não faço ideia de como reuni forças para chegar até meu quarto, tendo em vista que minhas pernas estão mais trêmulas do que nunca. Não sou o tipo de garota que costuma... flertar? Não sei o que rolou entre mim e Justin chega a ser um flerte, mas o modo como meu coração quase saiu pela boca quando beijei sua bochecha antes de sair do carro já diz muita coisa a respeito. Ele é um cara... gentil. Não sei o motivo pelo qual ele gosta de conversar comigo — bom, pelo menos é o que parece — mas gosto da sua companhia. Tirando que céus... esse garoto é lindo pra um cacete. Não sou de ficar reparando muito nas pessoas, mas Justin tem uma beleza de tirar o fôlego. Gosto do estilo como seus cabelos grandes ficavam agitados quando o vendo batia nos mesmos enquanto ele dirigia, era algo tão natural que chegava a ser reconfortante. Seus olhos são de um tom azul tão vivo que chega a ser quase vicioso, precisei de muita concentração para não me perder naquela imensidão. E o seu corpo... nossa. Que físico é aquele? Ainda estou me perguntando como minhas bochechas, o maior inimigo do meu corpo perante reações, não ficaram coradas ao vê-lo diante de mim sem camiseta. De qualquer forma, não posso e nem quero me ater a esses pequenos detalhes. Justin só estava sendo gentil e educado, nada demais.

Espanto minhas distrações e tomo um banho ao chegar no dormitório, disposta a relaxar um pouco. Creio que Summer não virá para o nosso quarto hoje, então tenho o restinho da tarde toda para curtir sozinha. Após sair do chuveiro, visto meu pijama de pintinhos confortável e fico deitada na cama assistindo uma série francesa que descobri há um tempo atrás, sobre uma mulher, Marzia, que tem seu filho sequestrado e tenta reunir pistas para descobrir quem é o sequestrador. Durante o decorrer dos capítulos, o homem/mulher/ pessoa que sequestrou a criança faz um jogo psicológico com a pobre Marzia, deixando pistas a seu respeito. A maioria, nunca leva em nada. Ainda estou no terceiro episódio, pois cada um possui cerca de uma hora, mas estou completamente presa a essa história.

Quando estava no meio do quinto episódio, uma ligação chamou minha atenção. Sorrio ao ver o nome da minha mãe, Scarlett, brilhando na tela do Skype. Combinamos de fazer uma chamada de vídeo em família todos os domingos à noite, porém havia me esquecido.

Fecho a aba da série e atendo a ligação. — Mãe! — Digo animada, ao vê-la do outro lado da tela.

Ela abre um sorrisão para mim. — Hope! Meu Deus, não te vejo há alguns dias e estou morrendo de saudades. — Declara fazendo bico.

Dou risada. — Eu também, é estranho ficar sem vocês. Cadê o papai? E o Austin? — Olho ao redor da tela, procurando pelos dois.

— O Austin foi dormir na casa de um amiguinho, agora o seu pai... não sei. Ele estava aqui, ora essa! — Exclama tentando encontrá-lo. Esses dois são tudo pra mim. — DEAAAAAAN! A HOPE ESTÁ NA LIGAÇÃO, CADÊ VOCÊ, HOMEM?! — Grita, me fazendo dar uma gargalhada.

— Mãe! Não precisa disso, ele...

— JÁ VOU, JÁ VOU, IMPACIENTE! — Ele brinca, se aproximando da tela e beijando a cabeça da minha mãe. — Estava descongelando o frango.

— Sei... você estava me traindo com o frango, Dean Davenport Parker? — Minha mãe zomba, olhando para ele com carinho. Não consigo evitar de sorrir quando vejo essa cena. Acho que, em toda minha vida, nunca vi um casal que se ama tanto quanto esses dois.

— Me desculpe, ma belle. Era uma franga muito gostosa.

— PAI! PARA COM ISSO! — Murmuro em meio às minhas gargalhadas, perdendo a respiração de tanto rir.

H O P E [COMPLETO NA AMAZON]Onde histórias criam vida. Descubra agora