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Hope


— Adivinha quem tirou sorte grande e vai sair comigo hoje a noite? — Summer pergunta ao entrar no nosso quarto, jogando sua bolsa na cama e interrompendo meus estudos sobre composição.

— Hum... não sei. — Resolvo me fazer de desentendida. Eu sei exatamente de quem ela está falando. — A Stacy? Sua outra amiga Trixie? Davin?

— Não, bobinha! Você mesma. Parabéns! — Exclama apertando meus ombros, me abraçando por trás.

Fecho meus livros e coloco-os de lado na escrevaninha. — É... creio que vou ficar em  casa hoje. — Digo vendo sua expressão feliz desabrochar feito uma flor velha. — Não estou afim de sair e amanhã vou viajar para passar o fim de semana com meus pais. Não podemos deixar para uma próxima?

— Por favorzinho, Hope! Eu preciso aparecer nessa festa hoje e não quero ir sozinha. O Davin vai estar lá e brigamos feio ontem, preciso de apoio moral da minha amiga! Não é pra isso que o feminismo funciona? Mulheres apoiando outras mulheres? — Não consigo evitar de dar risada com suas palavras. Nessa primeira semana que passei na faculdade ao lado de Summer, aprendi muitas coisas ao seu respeito. Ela é um pouco avoada e espontanêa, mas é inteligente para caralho e entende muito a respeito de música. Ver seus grandes olhos azuis arregalados  me implorando desse jeito faz meu coração amolecer um pouco.

— O feminismo funciona para muitas coisas, Sum. Talvez se adeque no seu contexto. — Rio e me viro para ela. — O que aconteceu entre você e o Dav? — Esse é um caso que nunca vou entender. A relação entre Summer e Davin, melhor amigo de Justin, aparentava ser uma amizade colorida. Entretanto, ambos morrem de cíumes um do outro - Sum mais do que ele. Já ouvi os dois discutindo algumas vezes por ligação de madrugada, uma vez que ela pensou que eu estivesse dormindo. Ele aparece no dia seguintr feito um cão arrependido, sempre trazendo algo que agrade minha colega da quarto. Mas não assumem nada sério.

— Ah, ele é homem, Hope. Acho que isso responde por si só. — Diz deitando na cama, espalhando seus cabelos roxos pelo travesseiro. — Tínhamos marcado de sair para jantar ontem, comer um hambúrguer sabe? Quando cheguei na casa dele, o vagabundo estava transando com outra menina na sala! Na sala, Hope. Dá pra acreditar?! — Bufa resmungando contra o travesseiro, fazendo uma carinha triste.

— Caramba... que babaca!  — Digo fazendo careta. — Ele tentou te falar alguma coisa?

— Ah, tentou! É claro que tentou. — Zomba revirando os olhos, rindo de nervoso. — Ele me disse: "Oi, gata! Não quer se juntar a nós?" — Repete com uma voz engraçada, que me faz cair na gargalhada.

— Puta que pariu! Foi pior do que eu imaginava. — Comento rindo, incrédula por tamanha cara de pau. — Mas o quê você pretende fazer nessa festa hoje?

— Ora essa, dar o troco!  — Responde como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Vai ser na república dele, quase todos os alunos vão. Quer saber meu plano?

— Estou ansiosa para ouvir.

— É muito simples, pequena Hops. Seguinte: Vou chegar na festa como quem não quer nada, acompanhada da minha amiga Hope Davenport. — Ela dá ênfase na palavra, me fazendo rolar os olhos. — E vamos fazer o de costume: Beber, flertar... nada novo sob o sol da univerisidade.

— Summer, eu não sei se...

— Ai, garota! Deixa eu terminar de falar! — Iterrompe sentando na minha cama, me calando com as mãos. — Tudo bem, flerte vai, flerte vem... até chegar na minha isca: Konnor Jhensen, o atacante do time de futebol.

H O P E [COMPLETO NA AMAZON]Onde histórias criam vida. Descubra agora