Capítulo - 35 Milla Steffen.

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Milla estava realmente triste e com raiva de David mas quando ele voltou pra casa e bateu a porta do quarto ela sentia o arrependimento de ter o deixado sozinho na festa por causa dos seus desentendimentos com sua mãe e seu pânico de surpresa.
Ela ouviu a respiração cansada dele na porta antes dele fala carinhosamente com ela.

— Milla? Amor abre a porta precisamos conversar. — ela fechou os olhos deixando lágrimas silenciosas rolar por seu rosto.

Ela girou a chave na porta e abriu. David estava parado e tenso como ela tinha imaginado, ela culpou seus hormônios por estarem fazendo ele passar por isso.

— Eu sinto muito... — murmurou ele Milla sentiu a culpa em seus ombros.

— Não, eu sinto muito. — ela sentia mesmo, devia ter agido de forma mais madura.

Ela queria beijá-lo e pedi desculpas, suas emoções estavam a flor da pele então quando ela se jogou nele e o abraçou e chorou silenciosamente ela só queria ficar pra sempre assim com ele, mas precisavam conversa então o puxou para dentro do quarto e sentaram-se na cama.

— Eu sei que Pareci uma mimada mal educada por deixá-lo plantado com tudo que fez pra mim mas... É que eu não suporto surpresas, quando criança acho que criei um trauma com isso. — ela tinha que conta sua vergonha e medo pra ele, David não era só um namorado eles aparentavam muito mais e precisavam estabelecer uma confiança.

Ela amou ele mais um pouco quando ele carinhosamente beijou as lágrimas dela e aguardou silenciosamente ela falar.

— Minha mãe sempre cuidou de mim sozinha, meu pai nunca quis me assumir como sua filha e acho que isso ajudou minha mãe a está onde esta hoje, bem de vida e independente, meu pai foi seu primeiro amor e também sua primeira decepção, ela é aquele tipo de pessoa que quanto mas ficar difícil seguir em frente mas fica determinada a se levanta e fazer a mudança a acontecer. O que eu quero dizer é que depois que ela me ganhou não teve tempo pra mim, não suportava meu rosto por que pareço com meu pai, eu me tornei uma criança triste que tinha tudo mas não tinha uma mãe, nem pai, apesar dela as vezes tentar demonstra que me amava a sua maneira com por exemplo me encher de presentes e me aconselhar, mas ela nunca me deu um abraço ou um beijo de boa noite quando criança.

Só ela sabia o quanto estava sendo difícil desabafar mais com David ali segurando sua mão e a incentivando a continua parecia que aos pouco um peso saia das suas costas.

— Eu não tinha amigos na escola e minha mãe achava que eu tinha, ela fez uma festa de aniversário e os convidou... Ninguém apareceu, eu tinha passado um dia ruim na escola depois de ficar presa em meu armário quando July e suas amigas um bando de meninas que se achavam mulheres pensaram que seria engraçado prender a nerd quatro olhos no próprio armário, perdi a aula daquele dia presa no armário e só consegui sair por que o faxineiro da escola me achou. Quando cheguei em casa era tarde e minha mãe estava lá com um sorriso esperando ser umas crianças convidadas mas assim me viu sei que ficou desapontada, tudo estava arrumado e então notei o quanto minha vida era ridícula e miserável ninguém gostava de mim. Foi uma surpresa que nunca esqueci.

— Eu amo você e não quero que pense que estou com pena, mas todas aquelas pessoas na festa gostam de você de uma maneira ou de outra.

As palavras de David confirmava o quanto ela estava cega com seu pânico estúpido, em sua festa surpresa tinha mesmo amigos que se importavam com ela.

David a abraçou e a beijou antes de  se ajoelhar a sua frente. Surpresa e uma bagunça de emoções mexeram com ela.

— Eu a amo tanto que não pude esperar que você tivesse o bebê e por isso comprei isto pra te dar hoje.

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