La prima volta (+18)

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Luccino deslizava as pontas dos dedos sobre a pele alva das costas de seu major, eles estavam deitados após mais um dia de trabalho, mas nenhum deles dava sinais de estar cansado, muito pelo contrário, Otávio observava atentamente as feições do italiano, como se tentasse ler algo nelas.

- Luccino. – Ele chamou baixinho e esperou até ser respondido com um "Hm?" despreocupado para continuar. – Eu queria tentar uma coisa...

Após sentar-se na cama, mas sem confrontar os olhos do mecânico diretamente, descreveu de uma forma menos incisiva e com um pouco mais de pudor a ideia de Lídia. A cada frase, sentia seu rosto queimar e sabia que o rubor em suas bochechas não era pouco, porém julgou que isso era natural. Foi só quando parou de falar e um silêncio dilacerante tomou conta do quarto, que o major ousou olhar para Luccino, e o rapaz estava ainda mais vermelho que ele.

- Eu sei que é uma ideia engenhosa. – Apressou-se em tentar se justificar, temendo que tivesse assustado o marido.

O mecânico, porém, apenas balançou a balança.

- É que... – Luccino dispunha de sua típica timidez. – Você não foi o único que pediu ajuda a uma amiga.

Otávio riu, parte por alívio e parte por achar graça da situação em que estavam.

- Mariana também lhe disse para tentarmos isso? – Questionou de maneira tranquila.

- Bem, sim... Mas de uma maneira um pouco diferente.

- Tudo bem. – A voz do militar se tornou entusiasmada de repente. – Podemos tentar do jeito que ela lhe explicou.

- Otávio, - O nervosismo deu lugar a um semblante preocupado. – eu não sei se nós deveríamos fazer isso, quer dizer... eu não quero acabar te machucando ou algo assim.

- Eu fui treinado para a guerra, esqueceu? – O major soltou a frase em um tom de brincadeira, mas finalizou com uma piscadela.

O italiano apenas balançou a cabeça enquanto ria. Contudo, o militar se aproximou lentamente e, ao estarem razoavelmente próximos, começou a traçar beijos no pescoço do amado.

- Espera! – O mecânico exclamou um tanto confuso. – Quer fazer isso agora?

- E por que não? – O questionamento era despreocupado, mas Otávio resolveu se aproveitar da fala, mordendo o lábio inferior como se convidasse o italiano sem precisar dizer palavra.

- Certo... – O nervosismo voltou a correr nas veias de Luccino. – eu vou precisar de uma dose de conhaque.

- Luccino, sabe que não precisa fazer isso se não quiser, não é? – O militar disse com seu tom mais gentil.

- Eu quero! Só...

- Falta coragem?

Os dois riram da frase e o italiano concordou com a cabeça.

- Eu já volto. – Luccino disse depois de alguns instantes.

O major apenas concordou e observou o marido se afastar, enquanto se ajeitava entre os travesseiros. Ele também estava nervoso, mas queria deixar seu italiano seguro para aquele momento, afinal a recompensa parecia valer o frio na barriga.

Luccino não parecia muito mais tranquilo quando retornou, mesmo assim, se deitou ao lado de Otávio. Talvez aquele nervosismo fosse ansiedade. A ideia era inebriante e ele nunca vira seu major mostrar tanto interesse em algo, até nas noites que já tiveram. Nada parecia ser capaz de tirar o sorriso do canto da boca do militar, que, agora, estava sobre o corpo do italiano, deslizando os lábios por seu pescoço sem desviar o olhar por um segundo sequer.

O mecânico sentiu a mão do marido lentamente serpenteando no seu peitoral até chegar ao cós das ceroulas que vestia e adentrar a peça como se ignorasse a existência do pedaço de pano. Luccino sentia a eletricidade já bem conhecida correr por seu corpo a cada toque, ritmado através da sua respiração.

Otávio apenas continuava arranhando seu bigode contra a pele do amado, como se fingisse não perceber a respiração que começava a se tornar leves suspiros e, logo, se transformaria em palavras. Em uma provocação, cessou os movimentos, deixando que somente as pontas de seus dedos tocassem o membro do italiano. Luccino tentou protestar com os olhos, mas o militar se recusava a olhá-lo.

- Ti voglio adesso. – Pediu quando se deu por vencido.

Ele viu Otávio tirar as próprias ceroulas e se deitar na cama, erguendo uma sobrancelha, como se estivesse lhe convidando. O mecânico se despiu o mais rápido que pôde e, sedento, avançou sobre seu major, segurando seus cabelos com uma das mãos enquanto o beijava com um desejo desesperado. Sua mão livre também tratou de estimular o militar e ele sentiu cada suspiro que Otávio soltou contra seus lábios.

Ao perceber que ambos já estavam no limite do que poderiam suportar, Luccino se afastou e vasculhou ao lado da cama até encontrar o óleo que Mariana havia lhe dado. Ele sentiu Otávio acariciando suavemente sua cocha, certamente, porque percebera a volta de seu nervosismo. Quando terminou e passou a encarar o militar por alguns segundos, recebeu como resposta um sorriso, não um sorriso lascivo, mas carinhoso, que tentava lhe dizer o quanto o major confiava nele.

Luccino se colocou sobre o marido e o beijou antes de reunir toda a pouca coragem que ainda lhe restava. Calmamente, sentiu-se entrando no corpo de Otávio. Seu major soltava o ar de maneira controlada, focando sua atenção em um único ponto, agora que estava de olhos fechados.

O militar tentava não transparecer, mas parte dele imaginou que Luccino ocuparia menos espaço. Ele mordeu o lábio inferior com força e continuou se concentrando na respiração até sentir que seu corpo havia se acostumado. Depois de alguns instantes, ele concordou com a cabeça. Então, foi a vez de Luccino segurar suas reações, pois por mais indescritivelmente boa que fosse a sensação de estar dentro do seu major, era necessário começar com movimentos lentos, e foi isso que ele fez.

Otávio viu a velocidade de sua respiração aumentar conforme os movimentos começaram. O corpo do amado se mexia sobre o dele em um vai-e-vem coordenado entre os dois. Ele abriu os olhos apenas para encontrar um Luccino que, claramente, esforça-se para conter-se e, ele poderia ser chamado de louco, mas levou as mãos às costas do italiano e puxou o marido para si, sinalizando o que desejava.

Os suspiros se transforaram em sons que transbordavam para fora de si toda vez que sentia seu italiano o preencher, Luccino havia passado o controle se seu corpo para a sensação de puro êxtase que o consumia, tornando suas investidas mais rápidas e fortes, as unhas de Otávio arranhavam suas costas numa tentativa falha de catalisar a energia em um único ponto, mas não demorou muito para que o militar estivesse soltando o nome do marido entre seus suspiros abafados.

O mecânico se deixou guiar pelas sensações do militar, que levara uma mão ao seu próprio membro como estímulo, ambos realizavam aquela dança nada suave em sincronia, o contato da pele parecia soltar faíscas e, se era possível, uma dose considerável de lascívia escorria de seus poros. E, ao aproximarem suas testas como se precisassem de um toque ainda maior, os dois se desfizeram.

Luccino, praticamente, gritou algo em italiano que Otávio, o qual estava ocupado demais com seus próprios gemidos, não conseguiu entender. O casal levou alguns instantes ali, apenas respirando e se encarando, até que o mecânico se deitou e tomou o rosto do marido em suas mãos, voltando a beijá-lo com extremo furor.

Por fim, Luccino permitiu que seu corpo fosse abraçado pelo colchão, conforme ajeitava seus cabelos para trás como uma das mãos. O major apenas riu ao ver a imagem do marido totalmente esgotado.

- Eu disse que seria uma boa ideia. – Brincou, tendo um sorriso embaixo do seu bigode.

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⏰ Última atualização: Jul 20, 2019 ⏰

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Pra vida toda, amore mioOnde histórias criam vida. Descubra agora