Arcos de Bologna

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Arcos, tantos arcos
Verdadeiras filigranas
Figuras tecidas
Em renda fina
Numa infinidade tal
Que rumam e se arrumam
Com movimento sem fim
Se laçam e se abraçam
Dobram e encarolam
Num passo a passo cadenciado
Descansam com destreza
Suas belezas delicadas,
Nos capitéis das colunatas.
Descarregam suas cargas
Que escorrem pelos maciços verticais
E adentram nas profundezas da terra
São arcos do tempo
Que contam histórias
Arcos dos passeios e dos vãos
Das muralhas e abóbadas
Que nascem e renascem
E levam em seus seios
Segredos guardados
Nos vividos dos tempos.

Poesias de uma vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora