Naquele dia de sol não era verão.

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"Porra por que aquilo estava acontecendo?", esse era o único pensamento de Natalie, apesar da confusão que estava acontecendo, por culpa dela, claramente. Ela jamais imaginou que aquela sequência de eventos levaria aquilo.

Primeiro erro idiota que Natalie cometeu foi o de acreditar no seu potencial, ela sempre foi desastrada e sabia muito bem disso, mas quem nunca pensou que algo daria certo quando tinha tudo para dar errado? Talvez ter ficado quieta no seu canto como ordenava seu cérebro fosse a decisão mais correta, mas naquele momento em especial ela resolveu escutar ele, sim, esse mesmo que se passou pela sua mente leitor, o maldito coração.

O dia de Natalie tinha começado como o de todo sempre, uma rotina que sempre se repetia e em nada se mudava muita coisa, a não ser o fato dela já acordar com um barulho horrível de um grilo em plena metrópole, sem qualquer matinho por perto. Estaria tudo certo até aí, ela sempre acorda de mal humor mesmo. Mas o dom de fazer merda de Natalie entrou em ação.

Andou por mil anos, como ela gostava de dizer e exagerar, tinha que trabalhar e estava mega adiantada, achou errado se fosse atrasada, nem só de defeitos vive personagem e a melhor qualidade dela era a pontualidade. Esperou por 10 minutos até que pudesse assim atender as mesas do restaurante que trabalhava, apesar de ser um emprego cansativo, ela gostava de trabalhar ali, tinha contato com diversas pessoas, não para conversar mais observar. Natalie sempre achou incrível a variedade de pessoas no mundo e a forma como cada um agia diferente. Existiam pessoas ali tímidas, extravagantes, estressadas, hippies. Algumas interagiam entre si e outras se isolavam completamente, mais todas ali vinha pelo mesmo motivo: comer. E poxa comer é viver, barriga cheia é sinônimo de amar.

A então confusão já dita ali no começo do livro só começou quando Natalie terminou o seu turno, turno este que não era o seu, ela trabalhava logo na abertura do restaurante, mas decidiu variar seu horário, péssima decisão. Era hora de voltar para casa, e como ela mesma gostava de dizer, deleitar-se sobre a cama e apagar completamente. Acontece que durante seu caminho para casa caiu um dilúvio tremendo, aquilo era algo sem igual, era uma mistura de tudo que tinha para acontecer em uma tempestade multiplicado por 80, e não restou outra opção a ela, se não ficar debaixo do teto de uma loja qualquer e esperar todo aquele desastre natural passar.

Parada ali ela se xingava de tantas coisas, alguns xingamentos até mesmo não faziam sentido, e após um bom tempo nisso, eis que surge o tédio e ela passa a observar ao redor. Bueiros entupidos, um mini rio aos seus pés causado pela enchente e a vista era esbranquiçada demais pela violenta chuva que caia, e a miopia dela também não ajudava ela a enchegar tão bem assim.

Reparou então atrás de si. A então loja do que ela não sabia, estava fechada por aqueles portões de ferro, mas olhando melhor ela reparou que havia uma brecha em baixo e a maldita curiosidade surgiu. Natalie sabia que era errado invadir um propriedade privada? Sabia, Sabia também que poderia haver alguém lá dentro que poderia ficar puto com ela? Sabia, mas mesmo assim criou coragem e levantou o portão bem nada pra nada, e a loja se encontrava em completo breu, o que não seria nenhuma novidade.

Então ela sacou o celular e atirou, mentira só ligou a lanterna e percebeu que se tratava de uma pequena livraria nada moderna e ela até mesmo se decepcionou por nunca ter notado tal lugar no seu caminho para casa.

Os livros eram bem antigos, e isso só atraiu ainda mais essa curiosa, e agora uma criminosa, saiu andado pelo curto corredor rodeado de livros com aquele cheiro de mofo que não a incomodou tanto. Foi caminhando entre aquelas enormes pilhas que reparou em um livro específico, tinha uma capa vermelha bem desbotada mais a fez lembrar de um velho livro que amava na infância e se aproximou sem reparar em um livro soltou no chão e tropeçou bonito nele.

Imagine a tragédia em sua mente leitor, vários livros caindo em câmera lenta ao som de uma bela música clássica e uma mulher de 21 anos caida sobre eles.

Viu a merda que fez e não sabia se chorava ou ria de desespero, teria que sair dali imediatamente pelo crime de invasão e agora um crime muito maior o de machucar livros lindos e antigos, ela ficou bem triste pelo que fez, mas se ficasse pra arrumar passaria a noite ali e teria que se explicar para o proprietário. Quando virou de costas e iria seguir seu rumo para fora dali de fininho, no meio da bagunça um livro aberto começou a brilhar, e Natalie que nunca acreditou em nada anormal, se perguntou se era nessse momento que uma doença psíquica surgiu e ela ficou louca.

O brilho ia aumentando e quando ela menos se deu conta tudo se escureceu.

E aí pessoal, esse é o primeiro livro que escrevo aqui ou em qualquer outra plataforma,então perdoem aí meus vacilos, tinha muita coisa pra fazer e aí pensei: Porque não escrever um livro? Apesar de ser meio louca quero muito poder ajuda-los de alguma forma com esse livro. É só o início mais quero tocar com palavras os seus corações e como o gênero do livro ja diz, irei trazer muita aventura e toda aventura nos traz diversas lições. É isso obrigada e até o próximo capítulo.

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