Silêncio. Ele pode significar tantas coisas. As pessoas se calam quando querem observar, apreciar o momento. Elas se calam quando estão com medo, como se um mecanismo de defesa do seu corpo as mandasse calar a boca. Agora, havia tanto a se dizer, por todas as partes. Mas em Pedra do dragão só havia silêncio.
Quem quebrou a mudez foi a rainha das ilhas de ferro. Ela foi pra frente, se colocando de joelhos em frente a Daenerys, com o lorde Dornes seguindo seu exemplo.
_ Rainha Daenerys, eu não tenho palavras para expressar o quão feliz estou em ter sua graça aqui. Me perdoe por não ter estado ao seu lado quando tomou Kings Landing. Sempre me perguntei se poderia ter feito alguma coisa.
_ Provavelmente não Yara. A única que poderia ter mudado o curso das ações era eu. E eu falhei quando depositei minha confiança em quem não deveria.
_ Você falhou quando decidiu que era uma boa ideia trucidar uma cidade. - Retrucou Tyrion.
Daenerys nem virou o rosto para olhá-lo. Continuou encarando a Greyjoy e o dornes. Já tinha dado atenção demais ao anão, mais do que ele merecia. Ela lhe dirigiria a palavra quando fosse a hora, não quando ele achasse conveniente.
_ Rainha Yara e Lord Martel, se levantem. Eu agradeço imensamente o que fizeram pelo meu povo, ter ficado ao lado deles depois da minha morte foi a maior prova de lealdade que vocês poderiam dar. E esta não será esquecida. Pensem em algum modo em posso retribuí-los, o que os seus corações desejam, e eu prometo fazer o meu melhor para alcançá-lo. Agora peço, por favor, que me esperem no castelo. O que vai acontecer aqui, agora, não será bonito. E vocês não precisam ficar aqui para testemunhar isso.
E assim, o silêncio voltou a poço do Dragão. Yara Greyjoy e Kilian Martel se levantaram, fizeram uma reverência para a rainha e se retiraram. Logo então, o tempo para conversa fiada tinha acabado. Daenerys novamente olhou no rosto de todos presentes ali, se mexiam inquietos no banco, como se quisessem levantar e falar alguma coisa, ou só correr. Como ninguém se manifestou, ela virou para Tyrion e disse:
_ Nós fizemos o círculo completo não? Você veio a mim como um prisioneiro, eu te tornei meu conselheiro, e então minha mão, e aqui está você, como meu prisioneiro de novo. Sim, eu falhei, falhei quando decidi te escutar. Se tivesse vindo imediatamente para a capital em vez de perder meu tempo marinando em uma ilha, Cersei não teria tido tempo nem de fazer a aliança com Euron e a frota de ferro. A cidade teria sido tomada, como foi, mas meu povo estaria aqui. Jorah, Missandei, Olenna, todos que confiaram e mim, e morreram porque eu confiei em você. Meus filhos estariam todos aqui. - ela finalizou.
_ Seus filhos são monstros, assim como você. Eu costumava achar que dragões eram criaturas maravilhosas, cheias de magia. Até que eu conheci sua abominável prole, são bestas, seus brutamontes. Você os usa apenas, eles fazem seu trabalho sujo.
_ Você nunca teve intenção de me ajudar, certo? É um Lannister, sem palavra, como o seu irmão.
_ Não ouse falar sobre meu irmão, ele é um herói.
_ Ah, eu ouso, e como eu ouso. Seu irmão pode ter feito a coisa certa quando matou o meu pai. Mas ele estava certo quando deixou Rhaenys e Aegon serem assassinados junto a sua mãe? O bebê também ia queimar a cidade? Ele quebrou seu juramento quando não fez nada para protege-los, apenas sentou no trono e esperou o papaizinho vir parabeniza-lo por ter eliminado seu inimigo. Jaime Lannister é um homem sem honra, foi assim que ele viveu, foi assim que ele morreu, e assim que sempre será lembrado. – Ela tinha fogo em seus olhos, quando proferia essas palavras.
_ Eu não vou permitir que faça isso. – Tyrion proferiu essas palavras com a voz fraca, carregada de emoção. Não tinha nada que pudesse fazer realmente.
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RESPIRANDO FOGO
FanfictionEssa short-Storie é para aqueles que se posicionam em favor da Mãe dos dragões. E ficaram com muita raiva do Jon Snow e dos Stark. Talvez eu ainda vá escrever uma história sendo mais boazinha com eles. Mas essa não é essa história. Final alternativo...