Chapter 6

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CENA 1. FAZENDA. TRONCO. EXT. DIA.

1865. Na senzala, os escravos comem. OLGA sai pela cozinha da casa e vem caminhando, com um pequeno baú na mão, sem ser vista por eles. Um buraco já foi cavado próximo ao tronco.

GEORGE — (off) Se esses boatos de abolição se confirmarem, eu quero manter a senzala e o tronco intactos.

Olga coloca o baú no buraco e joga a terra, até fechá-lo totalmente. Bate uma mão na outra, para tirar o excesso de terra, e volta para a casa.

CORTA PARA:

CENA 2. FAZENDA. EXT. DIA.

Dias atuais. IVONE e JOHN saem da casa e ficam na varanda, olhando em volta.

IVONE — Está em algum lugar por aqui.

JOHN — Leia aquela parte de novo.

IVONE — (pega um pedaço de papel) Guardado sob a terra de sangue

JOHN — Está enterrado, isso é óbvio. Mas, sob a terra de sangue? Não consigo entender essa parte

IVONE — O sangue derramado na escravidão? Mas, se for assim, toda essa terra esteve repleta de escravos um dia. Não há como saber.

JOHN — A senzala. É lá que eles ficavam, pode ser que esteja lá.

IVONE — É uma possibilidade. Mas, como vamos fazer isso? Cavar assim, de repente? Coby já sabe que sabemos do baú.

JOHN — Nós tínhamos que conseguir a página que falta. Talvez lá esteja o complemento que nos ajudaria a descobrir.

IVONE — O Tom.

Os dois se olham. John preocupado.

JOHN — É perigoso. Eu não sei como ele conseguiu o primeiro diário, mas não conseguiria mais nada daquele garoto. O Coby está de olho agora.

IVONE — Podemos tentar. Eu falo com ele e ele decide se vai nos ajudar.

JOHN — Você que sabe.

John entra na casa e Ivone fica apoiada na sacada, refletindo.

CORTA PARA:

CENA 3. FAZENDA. CASA. SALA. INT. DIA.

SARAH desce a escada e vê John entrando.

SARAH — John, espere.

JOHN — Sim?

SARAH — Eu não vejo o Carl desde ontem e agora fui no quarto dele e as malas não estão lá. Ele não nos avisou que ia embora.

JOHN — Acho que ele teve um problema de família e precisou ir embora.

SARAH — Problema de família? O quê?

JOHN — Não entrei em detalhes. Ele só foi embora ontem à noite. Acho que não volta nunca mais.

SARAH — Uma pena, ele parecia ser boa pessoa.

American Horror Story: SegregationOnde histórias criam vida. Descubra agora