Capítulo 18

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o homem que ele mandou vir chegou rapidinho, sentei atrás com a Lara, coloquei as duas bolsas do meu lado

Fabiana: boa tarde menino

o garoto só balançou a cabeça, nem na minha cara olhou, eu hein

fomos o caminho todo assim, ninguém falava nada só a Lara, que tirava assunto não sei da onde. o sinal fechou e o celular dele começou a tocar, ele recusava e ligavam de novo e ele tadinho ficou me olhando todo sem graça

Fabiana: atende menino, pode atender tem problema não

Xx: não pô, acontece alguma coisa aí na pista e eu não tô atento Barão me faz virar peneira

Fabiana: ele nem vai ficar sabendo, atende logo

ele me olhou desconfiado mas pegou o celular, vi a foto na tela, era ele e uma loira só que não deu pra ver direito, foi muito rápido, mas essa mona não me é estranha aí que ódio, sou muito fofoqueira cara. ele começou a falar e eu só prestando atenção pra ver se eu catava alguma coisa o nome pra eu poder lembrar sei lá

Lara: olha mãe – apontou pra fora do carro – me dá um igual ?

Fabiana: shiu – fiz sinal pra ela ficar quieta

Lara: mãe sabia que é feio escutar a conversa dos outros? – falou baixo – minha vovó que disse

Fabiana: sua avó não sabe de nada, filha

Lara: você nem viu o que te mostrei

Fabiana: era o que? fala pra mamãe

Lara: um cachorrinho, aquele pequeno. eu quero um mãe

Fabiana: não inventa não Lara, pra um cachorro entrar naquela casa nós duas temos que sair, ali não cabe nem mais um alfinete

Lara: caramba – cruzou os braços – vou pedir pro meu pai

já estávamos quase chegando e o bofe ainda tava na ligação falando a beça e não deu nenhuma brecha pra escapar nada, agora eu fiquei cismada. acho que ele se mancou e desligou

Fabiana: era a namorada ? – dei um sorriso simpático

Xx: uma doida aí

ele parou o carro em frente a casa que eu vim no dia do churrasco

Xx: o mano deu o papo pra tu esperar aí dentro que ele já tá brotando por aqui

entrei na casa e tava tudo aberto, mas não tinha ninguém.

Fabiana: senta lá no sofá, filha

coloquei as bolsas no canto da sala, mandei mensagem apressando ele que rapidinho veio, saí com Lara, fechei a porta, ele tava esperando na moto

Adriano: tá lindona – segurou minha nuca e me deu um selinho – e aí baixinha – falou com Lara que riu pra ele

coloquei Lara sentada na moto e subi atrás dela, Adriano deu maior voltão pra depois parar na quadra.

tinha brinquedos a beça pras crianças, várias barraquinhas, de pipoca, cachorro quente, refrigerante. deixei Adriano lá com os amigos dele e levei Lara pra brincar, e eu me fiz nessas barraquinhas de comida

Adriano: toma – me entregou uma latinha de Brahma e um copo, chega abri um sorriso – gosta muito né cara

Fabiana: claro, meu néctar – ele negou rindo e me abraçou pela cintura

Lara: tiooo! – veio correndo – me levanta – esticou os braços e Adriano pegou ela no colo

Adriano: fala pro tio o que tu quer princesa

Lara: me leva pro pula pula – apontou pra onde tava – tô cansada pra ir andando

Adriano: pensei que só a mãe era abusada mané – riu mas foi fazer a vontade dela

sentei num banquinho, bebi minha cerveja, fiquei olhando os dois. meu telefone começou tocar, olhei e era o Diogo, estranhei mas atendi

📱

tu tá aonde com minha filha, Fabiana? posso saber

pode, pode saber, sim. já que virou normal você não pegar elas nos finais de semana eu trouxe ela pra passar o final de semana aqui na mangueira comigo.

me comunicar nessa porra ninguém quer né parceiro, já me passaram a visão já, levando minha filha pra casa de macho seu

teu problema é esse né? saber que eu tô aqui. tá feio já cara, supera essa porra, só isso

tá falando merda já, quero saber da Lara, né de tu não .tô indo aí nessa porra buscar minha filha

📱

Adriano: qual foi minha gata? – me abraçou por trás

Fabiana: o pai da Lara ligou, tá vindo buscar ela – olhei em volta – cadê ela?

Adriano: é só isso mesmo, Fabiana? – me olhou desconfiado – tá alí brincando pô

Fabiana: claro que é só isso cara – sorri e dei um selinho nele que continuou me olhando sério

eu que não vou ficar despejando meus problemas em cima dele né, a gente tá se conhecendo, estamos no começo, seria nada a ver

achei a Lara e conversei com ela, em momento nenhum pensei em não deixar ela ir, ele é o pai dela e os finais de semana são dele, e ela tadinha ficou toda feliz, ela sente muita falta. o problema é ele, que uma hora fala que não pode depois fala outra coisa diferente, isso meche com a cabecinha dela.

Adriano: bora, o maluco tá por aqui já ? – parou do meu lado com a moto

Fabiana: ele vai ligar, antes me leva na sua casa pra eu pegar as coisinhas dela.

depois de passar lá, Diogo ligou, levei a Lara até ele, Adriano ficou mais afastado

Diogo: quando for assim tu me liga pra buscar ela pô, fica trazendo ela pra essas porra aí não – levantou a voz

Lara: mas eu te liguei papai – falou inocente

Fabiana: entra no carro que seu pai já vai filha – coloquei ela sentadinha, beijei e voltei pra perto dele – perdeu o resto da noção você? tá todo errado e ainda quer vir discutir comigo perto da garota

Diogo: a única errada aqui é você pô – colocou o dedo na minha cara e eu afastei – tô só te palmeando

Adriano: tá com algum problema meu parceiro? – entrou na minha frente ficando de cara com ele – se tiver nós resolve aqui mesmo pô, agora

tu ficou pra sustentar a marra? nem ele irmãs, entrou no carro e meteu o pé. eu tô ficando cansada disso já sabe, tô aturando só pela Lara, de uns tempos pra cá ele se transformou legal. Adriano ficou me enchendo de perguntas, falei que depois a gente conversava e ele respeitou

Adriano: bora pra casa? tô cansadão – me abraçou – era só uma massagem da morena

Fabiana: direta diretona – ele riu – faço se tu fizer alguma coisa pra eu comer

Adriano: come pra caralho mané, já vi que eu vou ter trabalho – muito exagerado – mas eu faço pô

acabei de fazer a massagem fui ver e o bofe já tava dormindo, filho da puta cara, eu que tive que fazer um misto pra eu comer

tomei um banho e fui dormir daquele jeito pra instigar, maltratar ele, coloquei meu bundão bem em cima dele, rapidinho veio querendo graça, passando a mão, tú deu confiança? por que eu dei, dei muito e não foi só confiança não, depois fomos dormir agarradinhos

Agora é a minha vez - livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora