Confusão em meio a devaneios de um deus

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*Tânatos*

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*Tânatos*

  Sai daquela casa carregando a alma da mãe de Dandara que ficou me esperando do lado de fora enquanto conversava com a filha, me surpreendeu o gênero dela. Era forte, decidida e não cedia a nada.
Ela resistiu a meus caprichos, será que estou perdendo o jeito com as mulheres? Nem ao menos tocando ela consegui que gostasse de mim.

   Desci ao inferno e deixei a alma da mãe de Dandara na sala do julgamento, a fila estava até pequena hoje e Minos estava sendo rápido em suas escolhas, deixei a mãe dela e voltei ao castelo de Hades.
Subi até meus aposentos, queria apenas pensar em como ser persuasivo a Dandara, como ia fazer ela se deleitar aos meus caprichos? Será que fui rejeitado por ela ser comprometida?

   Abri a porta de madeira devagar e entrei, fechei com um empurrão de leve e a tranquei, retirei meu manto e decidi tomar um banho quente, talvez me ajudasse a relaxar.
Estive tão perto de Dandara que podia sentir sua respiração e ela não me pareceu excitada quanto a outras que conheci.

   — Essa garota será um problema. —falei entrando na banheira de água quente, retirei meu colar do pescoço e o deixei próximo junto com uma toalha de algodão.

   Esse colar representa minha confiança e possui um simbolo de uma urna com uma pequena borboleta saindo, possuía certo significado para as pessoas, estranho não. Julga-se que a urna contém cinzas, e a borboleta abrindo o vôo é o emblema da esperança de uma outra vida. Talvez um dia eu entregue esse colar a alguém, ou não.

  Deitei na banheira e fechei meus olhos, lembrei de Dandara. Aqueles cabelos dourados e o corpo esbelto, seus seios não eram tão volumosos, mas de um certo tamanho agradável, nem pouco nem muito e um forte perfume floral, esse pensamento foi o suficiente para me deixar excitado. Imaginei ela em minha cama apenas coberta por um lençol de seda com aquele olhar sensual que deixaria qualquer homem ereto.

   — Eu ainda vou fazer sexo com você Dandara, ninguém me diz não assim, vou fazer você me desejar. Me querer. — falei baixo, ia fazer ela clamar por meus carinhos.

  Tentei não pensar tanto nela e relaxar, bateram devagar na porta e apenas fiz sinal com a mão para destrancar. Sabia quem batia daquele modo e era Julia.

   — Meu senhor? O senhor está na banheira? — perguntou entrando com uma bandeja com frutas e pão.

   — Deixe ai e saia. — ordenei. — Não desejo nada hoje Júlia.

   Julia apareceu na porta e me encarou, deixou a bandeja e saiu acredito que furiosa, mas estava cansado e ela era muito falsa às vezes, mentindo não ter chegado ao ápice para que eu continuasse. 

  — Ah Dandara o que eu faço para você me aceitar, odeio ser ignorado ainda mais por uma mulher como você. — falei para mim mesmo enquanto olhava a espuma na banheira se desfazer devagar. Como poderia me aproximar dela? Acho que primeiro deveria tirar a limpo se ela não era comprometida.

Uma Noiva Para TânatosOnde histórias criam vida. Descubra agora