O baile

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*Tânatos*

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*Tânatos*

   Ver Dandara daquele modo sentada na cama me deixou alegre, mas temo que o que houve com ela deixe marcas eternas. Lembro de Nikaía, ela foi abusada. Cronos chegou a ponto de forçar ela e Hades teve que ser muito paciente, Dandara não ocorreu o mesmo, mas quase. Além disso ela escondia seu corpo, certamente se sente culpada. Espero que conhecendo Nikaía talvez possa se abrir mais comigo.
  
   —E daí? Eu vou te dar outro vestido, um bem bonito e você vai ao baile comigo Dandara. Quero que conheça os outros e que seja um dia minha mulher e minha esposa. —respondi a ela e vi que ficou sem reação.

   — Só irei ao baile por conta de Melissa, quero que ela fique bem. — falou, ela não desejava sair estava com medo.

   — Está bem, ao menos poderei ficar perto de você um pouco mais. — respondi e ela pareceu pouco mais confiante.

   Será que ela ficou surpresa por minhas palavras, olhei a mesma e andei até ela. Beijei sua bochecha e ela riu.

   — Então você quer que eu seja sua esposa senhor Tânatos? — perguntou com timidez para mim.

   — Não me chame de senhor Dandara, sabe que não precisa me chamar assim. — falei a abraçando. — E quero se você me desejar.

   Sei que Hades era muito atencioso com Nikaía então eu teria de ser com Dandara. Não podia deixar ela ter insegurança ou medo, precisava mostrar que estaria segura comigo.

   — O senhor é o deus da morte, devo lhe tratar com respeito. — disse ela passando a mão em meus cabelos.

   — Se você continuar assim não me responsabilizo por meus atos minha querida. — respondi passando a mão em sua cinturae sua feição mudou. Tânatos você é um tolo.

   — Não, não vai fazer nada comigo, tenho meus doces para terminar se me dar licença e por favor se vista direito.— disse ela rindo e se levantando me deixando só no quarto.

   Dandara saiu e fiquei observando enquanto andava, observei que ela tinha um belo rebolado e isso me deixava excitado. Ela desapareceu e fiquei ali, levantei e fui até sua cômoda, passei a mão nos livros e lembrei que tinha visto a ordem dos guardas. Infelizmente para os mortais a cobrança de impostos é caríssima e só os ricos eram isentos disso. Ela não queria apenas aprender a fazer doces e sim sei que precisava de dinheiro, mas se fosse outra teria me pedido, porém não. Era bondosa o bastante para tentar se virar, sem querer abri a gaveta e vi que tinha muitos vestidos.

  — Estão todos rasgados ou remendados. — falei baixo e então percebi que ela arrumava suas roupas e eu ainda tinha rasgado um vestido seu.
Fechei a gaveta e fui até a cozinha ela enrolava as balinhas. Estava em silêncio, parecia tentar ouvir meus pensamentos.

   — Vou precisar resolver algumas coisas antes e no fim da tarde volto. — comentei e ela me encarou.

   — Já vai embora? Está indo por minha culpa? — perguntou de cabeça baixa. Será que ela pensava estar com raiva ou alguma coisa? Eu precisava dar um vestido novo a ela, pelos deuses. Estava insegura.

Uma Noiva Para TânatosOnde histórias criam vida. Descubra agora