Um deus bondoso e abusado

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*Dandara*

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*Dandara*

  Tânatos me deixou ali, me cobriu e me lembrou quando eu era pequena e meu pai contava histórias antes do sono vir me pegar, era uma lembrança que aquecia meu coração.

  Fechei os olhos vendo ele sair e passei a mão no colar que agora estava em meu pescoço, um símbolo de confiança. Eu confiando em um deus? Pelo pouco que notei Tânatos é solitário, mas tem um lado cruel e um lado gentil. Nicolas que pareceu ser gentil e tão correto apenas quis se aproveitar de mim, naquele momento achei que seria forçada contra minha vontade, mas Tânatos veio e me salvou. Além de ter sido cuidadoso comigo, sei que ele esteve em minha casa mais cedo por conta das rosas, mas jamais imaginaria que ele faria o que fez.

    A noite estava fresca, nem muito quente ou fria e então adormeci pensando nele, aqueles cabelos longos e seus olhos azuis esse era o deus da morte, mas diferente dos outros homens que já vi. Era abusado quando queria, demonstrava ser cruel, gentil quando desejava, ainda tinha medo dele, mas aos poucos estava começando entender seu jeito e ele parecia no mínimo disposto a não ser um abusado.

   Acordei com o sol entrando pelas frestas da janela, levantei devagar e fui olhar a cômoda. Queria algo para vestir que fosse bonito ou que eu pudesse arrumar para deixar apresentável, será que ele realmente me disse a verdade sobre ver meus pais? Ou estaria mentindo para mim?

   Encontrei em meio aos demais vestidos um em especial, era negro e tinha apenas um pequeno rasgado na cintura nada que uma fita não escondesse os pontos da costura e em especial eu tinha fita vermelha guardada. Acho que ficaria bonito e agradável em meu corpo, também esconderia melhor ele, não era decotado e nem deixava nada a mostra.

  Depois de Nicolas ontem eu não desejava usar nada assim, me sinto culpada na verdade pelo que aconteceu. Aquele vestido de ontem era um pouco decotado e eu fui bem tola de cair na conversa dele, porém não sei definir as vezes as pessoas que são ruins ou boas.
Acho que até para me aproximar de Tânatos não iria usar nada aberto, tenho certo receio de que ele tente fazer comigo o que Nicolas fez, porém não posso viver com medo sempre. Preciso enfrentar isso.

    Sentei na cama com a caixa de agulhas e costurei aquela parte, depois de costurar vesti ele e me olhei no espelho. O vestido estava bonito, mais fechado, não deixava os ombros a mostra o que era otimo e nem parte de meu seio, peguei a fita vermelha que guardei em uma caixa na cômoda, amarrei na cintura e fiz um laço.

   O vestido era justo em cima e no ombro tinha alguns detalhes dourados, seu comprimento era um pouco solto, sem marcar minhas coxas o que era bom.
Decidi fazer uma trança lateral e colocar o cabelo de lado, estava até surpresa comigo. Nunca me vi assim, tão arrumada. Nesse momento bateram na porta e fui ver quem era, passei pela cômoda e notei a carta dos impostos.

  Abri e era um dos guardas do governador de novo e me deixou um bilhete, nem me deu bom dia nem nada apenas deixou.
Peguei o papel e o abri era uma ordem de cobrança, entregaram para todos da rua pelo que vi e infelizmente eu não tinha dinheiro suficiente para cobrir a dívida. Será que só pensam nisso?

Uma Noiva Para TânatosOnde histórias criam vida. Descubra agora