*5° Livro Da Série Noivas
De brincalhão a garanhão, mas ao pisarem em seu calo, uma pessoa tão cruel pode surgir. Contam que até mesmo o senhor da morte tem um lado cruel.
Após Cronos ser destruído e Hera levar seu fim, uma deusa nova surgiu. Paz...
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*Dandara*
Estava encostada no braço de Tânatos, olhei para minha mão direita no dedo anelar estava ele, o anel que tinha me dado. Era belo, o brilho era lindo o que me fez achar que dava certeza que fosse um diamante. Talvez fosse mesmo, afinal Tânatos era um deus. Admito que quando o vi a porta desejei o abraçar, beijar. Durante o tempo que fiquei longe dele várias coisas me passaram a mente, principalmente o que aquela ninfa tinha dito. Sei que Tânatos agiu de forma imprudente, mas como ele me disse. Fiquei tão magoada, como se não fosse suficiente a ele.
— Algo ainda incomoda você não é? —perguntou ele me fazendo voltar a realidade. Ele estava ali, para mim e ainda tinha feito uma coleira. Onde arranjou isso?
— Você vai me achar uma boba se eu falar. — respondi e na verdade eu estava pensando em algo, em tudo e como seria me casar com ele em um campo de flores? Era engraçado, pois não sei como dizer isso e também não sei se ele desejava que fosse assim, ou se estava magoado comigo.
— Eu adoraria ouvir, eu estou aqui por você e para você. Que eu me lembre falei que seria seu submisso. — disse ele rindo e sem jeito.
— Então admite que é meu submisso? Quer dizer que Tânatos o deus da morte vai receber ordens minhas? — brinquei com ele.
— Apenas quando estivermos na cama, fora isso eu não posso dizer que vou obedecer você se estivermos sozinhos em algum lugar que possamos brincar. — respondeu maliciosamente, como sempre pensando com outra cabeça.
Tive de rir, acho que agora tudo ficaria bem. Sei que ele não estava mentindo, também me sentia mais calma, especialmente depois de ouvir suas palavras. O abracei deitada ali com ele, senti seu cheiro, ele estava tão bonito.
— Se você vai ser submisso a mim precisa ser independente do lugar, você pode dar uma de deus, eu o respeito, mas meu amor na cama não, você é meu cachorrinho lembra. —retruquei e ele arregalou os olhos, passei a mão pela coleira lembrando do que ele disse.
— Ja vi que não vai ter jeito, eu devia ter ficado quieto. — comentou ele passando o braço em minha cintura.
— Precisa entender que não somos como vocês, não pensamos apenas em sexo. Temos coração e amamos também. — disse me levantando. — Eu quero que entenda que nem tudo se resume a isso, gosto do romance, do carinho, uma mulher gosta disso.
— Eu não sei como fazer isso bem. — respondeu se sentando na cadeira e sentei em seu colo.
Ele sabia como fazer isso, já tinha feito. As cartas mesmo eram uma prova disso, ler tais sentimentos e palavras vindo dele.
— As cartas, seu carinho, a forma como levou café para mim. Entende, como fizemos as balas, você foi gentil, amoroso, cavaleiro. Isso vai além da cama, você vai aprender. — respondi beijando sua testa.
