Taemin havia recebido alta do hospital duas semanas após ter sido internado. Jonghyun o fez prometer que entraria em contato a qualquer suspeita de que algo não estava indo tão bem. Ele receitou remédios para a dor e vitaminas. Além disso, falou que ele deveria evitar exercícios mais pesados por um tempo. Taemin havia perguntado se poderia dançar, um hábito que havia adquirido desde criança. Aparentemente ele pretendia em algum momento da sua vida se tornar um daqueles idols de k-pop, antes de se interessar pela polícia. Jonghyun questionou o porquê da mudança de carreira. Taemin disse que não sabia ao certo, mas talvez em um universo paralelo tivesse optado por se tornar artista. O médico recomendou que ele voltasse à dança aos poucos.
Jonghyun saiu do plantão do hospital e foi até seu novo apartamento. Lá tomou um banho e se perfumou para sair. Ele usava um conjunto de roupas brancas, calças brancas, sapatos brancos e uma camisa branca. Depois foi à casa de Taemin. Chegando lá foi recebido pelo irmão do policial, que o deixou entrar. Já era costume visitá-lo e a família de Taemin parecia bem à vontade com aquilo. Fazia alguma semanas que Jonghyun frequentava a casa dos Lee.
O médico aproximou-se do quarto, ansioso por rever o jovem policial. Quando estava à porta do local, porém, estranhou as risadas que vinham do quarto. Havia alguém com Taemin lá dentro. Ele bateu à porta e demorou um momento até ela se abrir para que entrasse. Foi então que viu Minho e Taemin jogando videogame. Jonghyun e Minho se entreolharam com um silencioso e pesado desconforto. O médico sabia que ele andava visitando Taemin e que se tornaram amigos depois de tudo que aconteceu. No fundo ele sentia que fazia bem para o policial mais jovem ter companhia enquanto ele estivesse de plantão no hospital, portanto tentava tolerar a existência de Choi Minho. Porém, vê-lo pessoalmente reacendeu aquela estranha sensação depois do desentendimento entre eles na época da internação de Taemin. Apesar disso, os dois não falaram nada, apenas tentaram suportar a presença um do outro.
— Ah, Jonghyun-hyung, estamos quase terminando essa partida, você pode esperar? — Taemin perguntou ao mostrar o jogo de futebol. — Eu estou ganhando dele.
— Tudo bem, eu espero — Jonghyun disse com suavidade e sentou-se do lado do mais novo na cama.
— Você não está ganhando! — Minho disse com indignação.
— Agora estou — Taemin disse olhando a tela. — Acabei de fazer um gol.
Jonghyun reparou em como os dois brigavam à medida que a partida avançava, mas ele pôde perceber que era um tipo de brincadeira entre amigos. Os dois pareciam estar se divertindo muito. Aliás, os dois pareciam se entender muito bem, talvez por terem idades mais próximas.
Depois que a partida terminou, Minho pediu uma revanche. Ele simplesmente não poderia ir embora sem ganhar pelo menos uma vez do mais novo. É lógico que se ele ganhasse a última vez, por mais que tenha perdido as outras partidas, ainda queria dizer que ele foi o vencedor do dia.
O médico viu que aquele jogo parecia não ter fim. Ele tentava disfarçar o incômodo que sentia. Todos os dias Taemin insistia com Jonghyun, dizendo que não aguentava mais ficar sem ele, porém, quando ele estava finalmente ali, o mais novo só queria saber de dar atenção ao Choi Minho. Jonghyun se levantou. — Acho que vou deixar vocês jogando e volto outro dia.
Taemin parou de jogar no mesmo instante. — Hyung, não vai — pediu.
Jonghyun parou e o encarou.
— Eu já terminei aqui. — Taemin voltou-se para Minho. — Você ganhou.
O placar estava a favor do policial mais velho, mas ainda faltavam alguns minutos para terminar a partida. Minho quase mencionou aquele fato ao mais novo, porém resolveu deixar por isso mesmo. — Tudo bem. — O policial se levantou. — Estou indo agora. — Passou por Taemin e estava quase deixando o quarto, porém parou em frente ao médico. — Eu quero falar com você.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love Sick [MinKey][JongTae]
FanfictionÀs vezes o remédio que precisamos se encontra onde menos esperamos. Médicos e policiais têm como missão proteger e salvar vidas. O destino fez com que o caminho desses profissionais se cruzassem num hospital. E se uma vez suas vidas se encontrando n...