Capítulo XIII

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C A P Í T U L O XIII
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Estava parado no sinal vermelho no caminho de volta para casa, quando vejo o carro da polícia parar do lado, o mesmo de antes. Não me importei muito com isso, já que moro numa cidade um tanto quanto... perigosa, é normal ver a polícia passando por aí mais à noite do que de dia.

Voltei a andar enquanto apreciava a sequência de músicas que tocavam na rádio, mantendo minha atenção e foco totalmente na rua escura com os postes e faróis ligados.

Chego em casa 22h25 e coloco meu carro na garagem, fecho ela e saio de meu veículo, adentrando pela porta interna do loca. Fecho a garagem e entro em casa, encontrando Hector sentado ao sofá enquanto assistia ao DVD de um anime dos anos 80, um clássico.

Ele olha para mim e pausa o anime.

— Chegou tarde, não? — disse com uma expressão séria no rosto.

— Foi mal, é que...

— Estou te zoando, cara — falou rindo. — Bem, como imaginei que você fosse chegar tarde, deixei preparado seu jantar e o coloquei no micro-ondas.

— Ah, sim. Obrigado! — agradeço, e vou até a cozinha pegar o prato que meu amigo fez.

Não queria dizer que estava sem fome, que já havia jantado na companhia de nossa querida professora. Mas meu amigo preparou aquele jantar pensando que eu chegaria com fome, e como ele sabia que eu teria esse encontro, pensei que não fosse preparar nada.

A comida que colocou para mim era pouca, então decidi tentar comer.

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Depois de esquentar meu jantar, vou para a sala e me sento ao lado dele, fazendo companhia enquanto janto pela segunda vez e assisto esse DVD que tenho desde os meus 5 anos de idade.

Confesso que o jantar estava muito bom, e estava na dúvida se fora meu amigo quem realmente preparara essa refeição ou se minha mãe já havia deixado na geladeira para mim. Descartei a segunda opção, então decidi aceitar que foi meu amigo quem preparou.

Depois de terminar o jantar, levantei e levei meu prato para a pia. Tomei um pouco de refrigerante e ofereci a Hector, também, que recusou alegando ter tomado depois que comeu. Dei de ombros e após terminar, lavei a pequena louça que tinha e depois comecei a subir para meu quarto.

— Vou indo nessa — falei.

— Eu vou daqui a pouco. — respondeu enquanto eu subia devagar, até sumir de sua vista.

Paro ao lado do meu quarto e ouço ele se espreguiçar e desligar a televisão e o aparelho de DVD, dando início à subida pelas escadas.

Me encarou curioso.

— Não vai deitar? — perguntou, então pedi que me seguisse até um dos quartos que era vazio. — O que estamos fazendo aqui? — questionou quando abri a porta.

Abri a porta e ele nota uma cama de solteiro no canto ao lado de uma janela. Era um quarto de hospedes que meus pais decidiram deixar caso meu amigo viesse dormir aqui.

— Hoje você dorme aqui, beleza? — sugeri.

— Não vejo problema nenhum — respondeu. — Mas me diz, não vai ficar com medo dos fantasmas, vai?

— Ah, cala a boca! — brinquei, dando um soquinho em seu braço. — Então, com você dormindo aqui, poderá ter mais liberdade para descansar até mais tarde quando estiver aqui.

Corrida Pelo SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora