Capítulo IV

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C A P Í T U L O IV
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Enquanto Becca preparava o almoço, permaneci sentado na sala vendo a programação; uma programação que estava passando era tão chata, que havia me deixado no tédio.

Iara me chama da cozinha, pedindo para que eu "colasse" por lá. Suspirei aliviado por ter de deixar aquela programação besta de lado, então desliguei a TV.

Chego no recinto e pergunto o que as duas desejavam.

— Becca está tão quietinha. — comentou Iara, com um sorriso meio sapeca e travesso nos lábios. — Que tal fazer companhia para ela?

Cocei atrás da minha cabeça sem jeito, e vejo Iara sorrir brincalhão. Escuto Rebeca suspirar, dando sua resposta logo em seguida.

— Talvez seja você quem queira a companhia dele, não é irmã? — Becca lança um olhar de alerta para ela, e a vejo ficar levemente corada com tais palavras. Mas rapidamente se recuperou.

— Quem sabe eu não tiro uma casquinha!? — diz Iara na brincadeira, apoiada em meu ombro, sabendo que isso me deixava sem ação. Becca pareceu não gostar nada disso, mas não disse nada, apenas deixou passar. — Não sabe brincar, não aperta o play, poxa.

Iara sai do local, nos deixando a sós. Ouço um risinho baixo e depois olho para a mesma, perguntando:

— Você tem cara de quem não iria deixar ela tirar uma casquinha de mim, não é?

A vejo dar um sorriso desdenhoso enquanto me lançava sua resposta.

— Ai, ai. Você fala como se você fosse o gostosão do pedaço — diz Becca olhando para mim, ajeitando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

Ela era linda, e quando mexia em seu cabelo ficava radiante. Mas não podia deixar barato, então em tom de brincadeira, respondi para ela:

— Você não reclamou quando dormiu abraçada em mim — falei, e vejo seu rosto ficar corado. Becca se vira para a pia, cortando alguns pepinos e tomates para a salada.

Confesso que essa foi minha primeira noite dormindo com uma garota, e mesmo que eu não conhecesse bem Rebeca, sabia que ela era uma boa pessoa.

— N-Não sei do que está falando — responde ela, tentando ocultar seu rosto vermelho, desviando-o para a vasilha ao qual usava para pôr os pepinos e tomates cortados. Por outro lado, não conseguiu ocultar um pequeno sorriso que pude perceber surgir em seus lábios.

— Gente, vocês viram que o tempo parece um pouco estranho? — comentou Iara se mostrando um pouco apreensiva, mas Becca diz para não se preocupar que o tempo sempre fica estranho, mas que nunca chove. — Mas deu na TV que pode chegar a chover por volta das 16h da tarde.

— Mas não vamos sair daqui 13:30, mocinha? — falei para ela como um lembrete; ela me encara com a sobrancelha arqueada.

— Como é? — diz ela, mas Becca intervém.

— Tudo bem, tudo bem. Os dois, sentem à mesa. — ela ordena, puxando uma cadeira e fazendo o mesmo. — Vamos conversar sobre alguma coisa mais... interessante.

Concordo com a cabeça e assinto.

Comecei contando sobre a minha primeira vez andando de bicicleta. Eu tinha 7 anos de idade quando comecei a andar, mas minha mãe tinha muito medo de que eu caísse, tanto que eu caí aos 8 anos de idade.

Eu morava no bairro da minha melhor amiga, e meu pai ficou com medo de me dar um carro no futuro, com receio de eu acidentalmente bater ele, ou provocar um acidente bobo como atropelar um gato ou algum outro animal.

Corrida Pelo SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora