Capítulo VII

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C A P Í T U L O VII
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Depois de chegar em casa e guardar meu carro na garagem, fui para dentro e me dirigi até a cozinha. Por ter almoçado cedo na casa de Becca, não comi mais nada depois disso.

Procurei algo para beber, coloquei o copo na pia e me dirigi para a sala; liguei a televisão e me deitei no sofá, com o controle em mãos procurei por alguma programação interessante que estivesse passando naquele momento. Porém, a decepção falou alto quando não encontrei nada.

Coloquei em uma novela que estava passando, e a cena em questão me fez lembrar de Rebeca, quando ela brigou comigo e ficou chateada por eu não ter contado a verdade, o que me deixou triste e arrependido do que fiz.

Tudo bem que a cena era de um casal discutindo porque o cara traiu sua esposa com a irmã dela. Mas olhando por outra perspectiva, Becca também se sentiu da mesma forma, como se eu tivesse traído ela com sua irmã.

Aquela cena me tocou tanto, que deixei uma lágrima escorrer por meu rosto. Limpei a lágrima que havia rolado por conta própria, e após uma leve fungada pelo nariz ouço meu celular tocar no bolso da calça. Atendo a ligação de meu amigo Hector, que me pergunta se eu estava em casa.

Funguei novamente, e o mesmo me questiona se eu estava chorando, mas nego. Ele pareceu não acreditar, então pediu que eu não ocultasse nada dele.

— Você sente falta dela, não é mesmo? — Era incrível como ele conseguia compreender minha dor, sendo que eu nem contei que estávamos começando a nos entender. — Você está, não está?

— Você não faz ideia do quanto estou sentindo a falta dela — admiti então com a voz embargada. Enxuguei outra lágrima que escapuliu de meu olho e pigarrei, tentando manter o mais firme possível minha voz, o que foi difícil, levando em conta que o choro estava entalado na garganta. — Mas é engraçado, não é? Eu a conheci faz pouco tempo, e já deixei meu coração tomar à frente, como se fosse uma corrida.

O silêncio toma conta do outro lado da linha, então olho em meu celular para ver se a ligação havia caído, mas ainda estava rolando. Ouço sua voz me chamar, e então dou o ar da minha presença.

— Às vezes se apaixonar é igual uma corrida; você pode acabar conquistando o troféu, assim como pode acabar perdendo ela — sua explicação em forma metafórica me fez compreender o que ele queria dizer. Sua mensagem era clara: nós não mandamos em nosso coração. — Mas preciso dizer que você estava bombando naquela festa aquele dia.

— É mesmo? — perguntei curioso. — Por que diz isso?

— Ela ficou toda curiosa quando a irmã te levou para conversar em outro canto — contou o que me deixou surpreso. — Aliás — acrescentou — sobre o que vocês conversaram àquela vez?

Não podia falar a ele que Iara me contou que sua irmã perdeu o namorado que era corredor um tempo atrás, já que prometi a ela. Então afirmei que não poderia falar a ele, que compreende minha intenção. Nos despedimos e desliguei meu celular, o guardando novamente.

Ficar sozinho era maravilhoso naquele momento, e isso era bom, já que eu não queria conversar com mais ninguém. Só quero isso: paz e sossego.

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Subi para meu quarto e coloquei meu celular no silencioso, deixando o mesmo embaixo do travesseiro. Me deito de bruços com os braços em meu rosto, e fecho meus olhos, pensando no que fazer daqui para frente, já que Bárbara não queria mais nada comigo... muito menos Rebeca.

Corrida Pelo SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora