Ao fim daquele momento intenso e quente eles estão ainda mais apaixonados.
- Eu preciso te falar uma coisa... - Começou a garota.
- Não, eu acho que eu é que preciso falar. Interrompeu o garoto.
- É importante.
- O meu também.
- Vai você então, diga.
- Eu lhe devo desculpas.
- Tudo bem.
- É sério. Eu agi feito um idiota, eu quis negar o que sentia por você, eu te machuquei e não consigo me perdoar por isso.
- Já passou. Eu...
- Eu não acho que a gente vai sair daqui então...
- É sobre...
- E se sairmos eu estou disposto a ficar com você, eu não vou abandonar você. Eu sinto falta dos meus pais e do futuro que deixei para trás, mas sentiria muito mais falta de você.
- Eu sei como voltar.
- O que disse?
- Quero dizer, eu acho que sei.
- Como assim?
- Venha comigo.
- Tem certeza disso?
- Eu já disse que apenas acho.
- Não disso, mas se quer mesmo que eu vá descobrir como voltar.
- Você não vai me abandonar mais, não é?
- Claro que não. Só que...
- Só que?
- Eu preciso ver os meus pais.
- Você...
- Eu vou voltar, eu não pretendo lhe deixar só.
- E como vai fazer isso? Você sabe como voltar?
- Não, mas...
- Mas o quê?
- Não vamos brigar de novo, não é?
- Não quero brigar.
- Eu também não. Eu quero que você entenda que eu te amo e que você pode confiar em mim. A única coisa que irei fazer é dizer a eles que estou vivo e que encontrei o amor da minha vida. Acredite, eles vão gostar de ouvir isso.
- Você vai voltar por mim?
- Eu irei voltar para te buscar.
- Eu acredito em você.
- Obrigado.
- Vamos até lá.
- É claro....
- É aqui. - Apontou a garota.
Eles retornaram para o lugar em que a garota despistou o dinossauro, um campo aberto de mesma vegetação estranha e rasteira, próximo ao rio vermelho.
- Eu não vejo nada. - Respondeu o garoto.
- Acho que devemos fazer algo. - Falou a garota.
- Tipo o quê?
- Quando viemos para cá, ambos estávamos em perigo. E quando eu vi a passagem eu estava em perigo.
- E como sugere que entremos em perigo?
- Eu não sei.
- É... Acho que vamos ficar mesmo presos aqui até isso acontecer.
- Parece que sim.
- Ah não ser que...
- O quê?
- Que não seja só o perigo.
- Como assim?
- Uma emoção extrema talvez.
- E que tipo de emoção que usaríamos?
- O amor.
- Como assim?
- Cientificamente falando o amor é um complexo fenômeno neurobiológicos. A ação de neurotransmissores desencadeiam as sensações de desejo, prazer, felicidade e as outras em questão. Mas não vou entrar no mérito da questão. O medo propiciado pelo perigo tem um efeito em nós que é traduzido de alguma outra maneira nesse lugar. Em teoria talvez o mesmo deva acontecer com o amor.
- Uau! Mas como faremos para ele se manifestar?
- Me beija.
- Como?
- Me dê o beijo mais intenso e quente que você puder dá.
- Certo.
Os dois se beijam, mas o garoto fica de olhos abertos para ver se algo acontece e não há nada de diferente.
- Feche os olhos.
- No que...
- Só fecha a porra dos olhos!
- Certo.
Eles se beijaram de forma intensa e quente e aí a magia aconteceu. Dois portais surgem diante deles e dentro de cada portal era possível ver seus respectivos mundos.
- Minha nossa.
- Isso foi incrível!
- Foi sim.
- Vamos entrar?
- Vamos.
Eles se beijaram novamente, se despediram e prometeram ficar juntos para sempre.
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Entre Dois Mundos
Science FictionEntre Dois Mundos é um pequeno livro/conto de ficção científica, romance e fantasia. Ele narra a história de dois jovens de mundos e realidades diferentes que se encontram por um acaso e precisam ficar juntos, mesmo inicialmente não se dando bem, pa...