Cachoeira.

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Ana Clara Caetano.

Já tem três dias que estou cuidando da moça cacheada, que atende por Vitória Falcão.

Meu corte na coxa está ótimo, e o da Vitória melhor ainda.

Ela tem me mostrado ser uma pessoa muito divertida e de uma aura linda. Era contagiante.

Sem contar das vezes que eu perdi o ar em vê-la sorrir. Tudo nela me atraía. Era como ímã e metal.

Nem nego ter pego ela me olhando várias vezes. E eu descaradamente retribuir o olhar com um sorriso de canto.

Quase sempre perdia o foco olhando a sua boca. Tenho curiosidade em saber que gosto ela tem. Essa mulher mexe de mais comigo.

- Hey?

Ela estava me fitando. Dou um sorriso e balanço a cabeça pra tirar aqueles pensamentos de mim.

- Olha, peguei isso aqui!

Ela me mostra um peixe, do tamanho médio. Ela era incrível, e eu ficava besta com sua facilidade em caçar e pescar.

- Vai ser um ótimo almoço.

Ela se senta ao meu lado. Fito a sua boca que pra mim era um pecado, e as vezes já até me peguei pensando como seria essa boca em mim...

Novamente saio dos meus pensamentos, agora era a sua risada que me puxou pra realidade.

- Não sei o que tanto vê em minha boca.

Ela fala em um tom de graça. Sei que corei naquele exato momento.

- Não estava olhando a sua boca!

Me levanto e como um raio vou até a cachoeira morrendo de vergonha.

Ouço passos atrás de mim e solto um suspiro frustrada.

- Eu sei que sim...

Sinto sua respiração perto de mim logo mais no meu pescoço.

- Será que eu te faço ter sensações ? Igual você faz em mim?

Solto um gemido baixo ao sentir sua mão firme em minha cintura.

- Mas tu me disse que gostava de uma garota.

- Sim e eu gosto, e essa garota é uma chamada Ana Clara. Me apaixonei por ela no primeiro dia em que a vi. Aquele olhar suplico ao ver a sua morte na frente. Sou apaixonada pelo sorriso que você me deu ao agradecer ao te ajudar aquele dia. E eu sei Ana, que a cada disparada de tiro no canhão, você ficava feliz que no seu projetor eu nao estava.

Me viro e olho no seus olhos. E sem reação com a suas palavras.

- Deixa eu saciá essa vontade? Deixa eu ser sua? Antes de ser tarde e não fazer meu desejo em realidade...

Antes dela terminar, calo ela com um beijo. De início calmo, mas logo foi ficando mais quente e sua língua me invadiu. Explorou cada canto de minha boca, me fazendo gemer.

Ela desliza sua mão de minha cintura para parte de trás de minhas coxas e aperta elas um pouco mais forte. Me puxando de encontro ao teu corpo enroscando minhas pernas em sua cintura, aprofundado mais ainda o beijo.

Caminhando de volta ao nosso pequeno esconderijo, ela me deita suavemente na nossa cama improvisada e ali eu sou totalmente sua. Dois corpos entregues um ao outro. E ali eu me entrego em total prazer, chegando a um orgasmo incrível. Me senti como se minha alma tivesse se desprendido do corpo. Senti a sensação de estar em meu maior ápice. Estar em nirvana.

- Eu lhe amo tanto Ninha...

Ela fixa seu olhar no meu.

- Lhe amo tanto que chega a doer Ana. E saiba, só de te ter entregue a mim, de ver esse teu olhar apaixonado por mim, de hoje poder estar em meus braços, me faz partir desse mundo satisfeita. Não irei me arrepender de nada.

Dou um beijo cheio de amor nela.

Eu senti naquele momento uma felicidade tão grande, tão forte, que tive medo de me estourar.

- Eu amo você também Falcão!

Abraço-a fortemente, e alí eu encontro paz.

Não quero e nem vou aceitar que eu posso perde-la.

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