Ana Clara Caetano.
Enquanto Vitória preparava uma tinta azul marinho, quase preta, e uma vermelha. Eu fui em uma árvore alta amarrar a corda que eu tinha em minha mochila.
- Pronto Ana, eu estou pronta!
- Estou também!
Ela da um sorriso.
- Retire a sua camiseta, fique igual a mim... Quero que você conheça o meu país, quero que você morra honrada, como filha da Irlanda.
Eu era de Los Angeles. Uma americana, mas que sentia bem, em morrer como uma guerreira, uma irlandesa.
Retiro a minha blusa de frio e depois minha camiseta, ficando apenas de top igual a Vih.
- Vem cá.
Ela se ajoelha. E eu me ajoelho a sua frente.
- A tinta vermelha, significa amor.
Observo.
- Quando duas pessoas se casam, usam em seus corpos a tinta vermelha. Você aceita se casar comigo?
Sinto uma lágrima teimosa fugir.
- Sim Vitória. Até em outras vidas.
Ela me dá um beijo rápido e passa a tinta em minha barriga, fazendo uns círculos. Depois em meu pescoço.
- Faça o mesmo em mim.
Me entrega a tinta, e eu tento copia-la, nunca fiz nenhum ritual.
- A tinta azul escura, significa honra. Os guerreiros irlandeses antes de irem a uma batalha, usam essa tinta ao corpo, para se protegerem, para ter forças, e iluminação... A tinta azul vai te tornar uma guerreira, sinta se honrada ao receber essa tinta ao seu corpo. Apenas os grandes trodaí recebe ela.
Assim ela começa a passar a tinta azul em meu rosto. Em baixo da minha boca, em baixo dos meus olhos, traçando uma linha.
- Agora, você minha esposa, faça o mesmo em mim.
Pego a tinta de suas mãos e começo a passar em seu rosto.
- Que nos encontremos em outras vidas.
Ela pega a tinta vermelha e passa em meu braço esquerdo, uma listra que ia do ombro até o meu pulso.
- Que nosso amor seja eterno.
Uma outra listra, mas em meu pulso.
Ela se levanta. Já ia me levantando mas ela me impede.
- Fique, ainda não terminei...
Permaneço de joelhos.
- Mianaigh cailín. Mo croi, mo grã. Mianaigh trodaí, deo a trodaí. Is nice budladh leat, Ana clara. Is breá liom tu...
Olho para ela e vejo ela com um sorriso nos lábios.
- Pronto. Agora podemos ir.
- Eu não preciso dizer nada?
- Não precisa. Apenas queria abençoá tua jornada.
Dou um abraço nela e lhe dou um beijo, o nosso último beijo. Como Vitória eu queria gravar cada pedaço dela em mim. O seu cheiro, a sua boca que pingava mel, da sua suavidade, sua voz rouca o seu cabelo. O seu cacho lindo. O seus olhos de outro planeta, o intenso mel esverdeado. Parecia Marte, de tão extraordinário que era.
- Vem vamos...
Agora nós iríamos escalá a árvore, e la no topo o nosso destino.
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Jogos Mortais
Fanfiction(SE VOCÊ ESTÁ VENDO ESSE LIVRO EM OUTRA PLATAFORMA SEM SER O WATTPAD, POR FAVOR SE RETIRE, ESTA COM RISCO DE SOFRER UM ATAQUE VIRTUAL) É lutar pra sobreviver. Seguir em frente e não morrer. E em hipótese alguma, se apaixonar por um restrito. Era as...