✵ CAPÍTULO 6 ✵

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A DESGRAÇA, QUE HUMILHA A UNS, EXALTA O ORGULHO DE OUTROS. ❞ – Marques De Maricá

••• LIBERTY ainda estava digerindo a ideia de que passaria seu aniversário de vinte e dois anos na Cidade Luz

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••• LIBERTY ainda estava digerindo a ideia de que passaria seu aniversário de vinte e dois anos na Cidade Luz. Paris era um dos lugares que ela almejava um dia visitar, e agora ela já poderia riscar esse tópico de sua imensa lista de sonhos a se realizarem. Uma pessoa jovem e sonhadora. Todos devemos ser assim. Não importa qual idade tenhamos, mas que em nós sempre prevaleça o sentimento de juventude e a cada dia possamos mais alimentar nossos sonhos com esperança e fé, afinal, a capacidade de sonhar é o que nos torna mais humanos. Ela sonhava em viajar para muitos lugares do mundo, conhecer artistas famosos, provar comidas excêntricas e diferentes de cada região, superar medos e afogar suas curiosidades sobre a vida. Viver coisas que nunca viveu e lugares que nunca conheceu. Conseguir se formar, ter um emprego bom e estável para trazer sua mãe de mudança para Sydney fazia parte de uma das missões que pretendia realizar. Lyli cresceu sem seu pai, e tudo que tinha era apenas a mãe e os amigos, por isso ela dava muito valor às poucas pessoas que tinha ao seu lado. O pai da moça e a mãe se separaram antes mesmo que ela nascesse, portanto, quem cuidou dela desde quando era um bebê foi somente Abigail. Desde cedo a mãe e a filhota passavam por situações complicadas, porque um bebê necessitava de cuidado e atenção, e, a mulher precisava trabalhar para conseguir o sustento de sua filhinha e manter as despesas da casa. Muitas das vezes Lyli ainda miudinha ia para o emprego com a mãe e ficava transitando pelas mãos dos funcionários que a mimavam com pelúcia e doces. Aquele pequeno ser de olhos musgosos era um momento de maior descontração para as cabeças cansadas da mesmice de seus trabalhos. A chefe de Abigail não se importava de que a mulher levasse a filha para o escritório, desde que não comprometesse o rendimento dela e dos demais empregados. Lyli era uma criança calma e agradável, não estranhava nenhuma pessoa. Verdadeiramente, quem quisesse a sequestrar ainda quando criança por certo conseguiria, ela ia para o colo de qualquer estranho sem choramingar e enrugar o rosto.

As coisas que Liberty iria levar para a vigem já estavam quase prontas. A mala estava jogada em sua cama e ela decidia milimetricamente quais peças colocar dentro da mala. Ela entendeu que talvez precisasse de umas roupas novas para levar, alguma blusa ou casaco de frio, pois no hemisfério norte estava gelado, e o inverno australiano era irrelevante quando se comparado com o europeu. Seria uma oportunidade para ela e Valerie irem até uma loja depois das aulas, assim colocavam seus assuntos em dia, inclusive, Lyli contaria a ela que viajaria na manhã seguinte, e, também compraria algum casaco, talvez uma daquelas almofadas de pescoço fosse uma boa ideia, pois a viagem havia de ser demorada, e ela não estava tão acostumada a usar o transporte aéreo. Viajou umas duas vezes em voos comerciais, nunca chegou a sair do país.

"Dora, irei para a aula. Voltarei mais tarde, preciso comprar um casaco de frio para levar." Ela puxava um zíper de sua mochila que não queria fechar de jeito nenhum, mas com um movimento brusco fechou, quase prendendo seu dedo.

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